O racismo como fenômeno estrutural assume o papel de produzir e segmentar a população em raças, além de manter a “superioridade” e o privilégio branco, inferiorizando as pessoas negras. Este trabalho teve o objetivo de analisar as produções científicas sobre saúde mental da população negra no contexto brasileiro. Metodologicamente, foi realizada uma revisão integrativa na qual foram explorados artigos publicados, no período de 2017 a 2022, na base de dados da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) e Scientific Electronic Library Online (SciELO). Foram analisados um total de 15 artigos e, a partir do levantamento dos principais assuntos abordados nos estudos, quatro categorias de análise foram elencadas: a) produção científica e formação profissional para a questão racial; b) a invisibilização da questão racial nas Políticas Públicas de Saúde e atuação profissional; c) raça, sofrimento e adoecimento mental; d) racismo genderizado. Constatou-se, no presente artigo, que a relação das ciências da saúde com a questão racial está ainda em construção, sendo importante considerar os passos dados em direção à produção de conhecimentos nesse campo temático.