2002
DOI: 10.22456/1984-1191.9138
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Elipses temporais e o inesperado na pesquisa etnográfica sobre crise e medo na cidade de Porto Alegre

Abstract: O ato de etnografar na cidade é um processo de investigação antropológica que vem permitindo, de forma cada vez mais profícua, a construção de novas interpretações sobre as dinâmicas sociais no mundo contemporâneo a partir de contextos históricos singulares. Abordamos esse tema a partir da experiência de nossa pesquisa que vem sendo desenvolvida em Porto Alegre, desde o ano de 19972, com o apoio do CNPq e FAPERGS e que tem como ponto central a idéia da construção de etnografia da duração como modalidade compre… Show more

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“…A pesquisa sobre memória no meio urbano não é um mero registro do passado, mas sim uma reflexão sobre a duração, como propõem Eckert e Rocha (2005). As entrevistas realizadas com técnicos, moradores antigos, crianças e adolescentes, pedestres e motoristas tiveram o objetivo de descobrir as conexões diferenciadas que as pessoas estabelecem entre "tempos" diversos da trajetória ambiental da região, ou seja, interessa descobrir em que momentos e de que formas as suas narrativas percebem rupturas, o fim ou o começo de novos processos, ou o retorno e a repetição de antigas práticas, na relação da cidade com as águas e dos seus habitantes entre si a partir das águas.…”
Section: Memória Ambientalunclassified
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“…A pesquisa sobre memória no meio urbano não é um mero registro do passado, mas sim uma reflexão sobre a duração, como propõem Eckert e Rocha (2005). As entrevistas realizadas com técnicos, moradores antigos, crianças e adolescentes, pedestres e motoristas tiveram o objetivo de descobrir as conexões diferenciadas que as pessoas estabelecem entre "tempos" diversos da trajetória ambiental da região, ou seja, interessa descobrir em que momentos e de que formas as suas narrativas percebem rupturas, o fim ou o começo de novos processos, ou o retorno e a repetição de antigas práticas, na relação da cidade com as águas e dos seus habitantes entre si a partir das águas.…”
Section: Memória Ambientalunclassified
“…Essa longa relação com estes territórios revela a importância dos itinerários urbanos (ECKERT; ROCHA, 2005;DEVOS, 2007), a repetição dos gestos de fundação e refundação de lugares e trajetos significados a partir dos saberes e práticas culturais, em especial, a refundação da casa como espaço de moradia em um novo terreno a ser ocupado. Tais itinerários revelam uma longa construção dos aspectos simbólicos liminares de tais paisagens associadas ao perigo, à miséria, à doença em determinadas narrativas, mas também remetendo à infância, à religiosidade e à evasão.…”
Section: Memória Ambientalunclassified
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“…Neste artigo, abordamos o conceito de memória aplicado aos estudos das grandes metrópoles contemporâneas, na perspectiva delineada por Eckert e Rocha (2005), ou seja, enquanto fenômeno que nos permite refletir sobre a dialética temporal que abarca as interações dos sujeitos/grupos e comunidades nas relações com seus territórios de vida. As autoras partem dos estudos clássicos sobre o conceito de memória (individual, social ou coletiva), em especial, aqueles desenvolvidos por Henri Bergson (1999) e, depois, Maurice Halbwachs (1990), atualizando-o à luz das reflexões de Bachelard (1994) sobre a dialética da duração e de Ricoeur (1994) sobre tempo e narrativa, no esforço de situá-lo no contexto das modernas sociedades complexas.…”
Section: Introductionunclassified