Resumo: Sistemas de aquisição e processamento de sinais biológicos fornecem um meio não invasivo e não medicamentoso para a realização de intervenções psicofisiológicas a fim de tratar transtornos. Para selecionar artigos sobre sistemas de biofeedback aplicado a desordens psiquiátricas foi realizada uma revisão sistemática sobre o tema, nas seguintes bases de dados: Bireme, Cochrane, IEEE, Lilacs e PubMed. Identificando um total de 40 artigos relacionados à biofeedback, após a seleção feita pelos critérios de inclusão e exclusão, 9 artigos se aplicaram a esta pesquisa. Este artigo visa sumarizar as evidências que comprovem que métodos não invasivos como o biofeedback podem oferecer resultados satisfatórios para tratamento de transtornos. Palavras-chave: biofeedback, desordens psiquiátricas, terapia cognitivo comportamental. Grande parte dessas pessoas não recebe nenhum tratamento psicológico ou farmacêutico para a saúde mental, muitas vezes devido às dificuldades no acesso a esses serviços. Uma maneira proposta por Lancet Global Mental Health Group [3] de reduzir essa falta de acompanhamento e tratar diferentes tipos de desordens psiquiátricas seria introduzir tratamentos cognitivos comportamentais inovadores, de baixo custo e facilmente acessíveis para desordens, como: depressão, insônia, déficit de atenção e outros transtornos mentais.
AbstractEstudos sugerem que intervenções alternativas são usadas com mais frequência por pessoas com transtornos psiquiátricos, particularmente ansiedade e sintomas depressivos do que pessoas sem problemas de saúde mental [4]. Uma pesquisa conduzida nos EUA relatou que 30,2% dos tratamentos alternativos empregados para ansiedade e depressão severa, respectivamente, consistiam de "feedback cognitivo" como sistemas computacionais interativos, relaxamento, imagens, grupos de autoajuda e hipnose.A desregulação na atividade do sistema nervoso autônomo (SNA) geralmente fornece biomarcadores para vários problemas de saúde mental. Por exemplo, os padrões SNA considerados de uma pessoa que se encontra calma incluem frequência cardíaca lenta e regular, temperatura da pele quente devido ao aumento da vasodilatação e baixa atividade das glândulas sudoríparas [5].Sistemas interativos de aquisição e processamento de sinais biológicos, mais conhecidos como sistemas de biofeedback, ajudam os pacientes a reconhecer e alterar sintomas físicos problemáticos [6] que podem estar agravando o problema psicológico associado. A eficácia clínica do biofeedback tem sido investigada em uma série de distúrbios psiquiátricos como depressão, ansiedade, anorexia nervosa, síndromes, autismo, transtorno bipolar, desordem, déficit de atenção (TDAH), transtornos alimentares, pânico e fobias.A presente revisão sistemática foi realizada para explorar o uso terapêutico atual do biofeedback para tais desordens psiquiátricas como terapia complementar ou principal e sua eficácia a médio e longo prazo, a fim de aprofundar os conhecimentos sobre tal temática para que em trabalhos futuros possa ser desenvolvido um software