Efeitos Das Tarifas, Medidas SPS E TBT E O Relacionamento Com Os Brics Sobre as Exportações Brasileiras

Abstract

O objetivo desse estudo foi verificar o efeito dos BRICS sobre a expansão das exportações brasileiras de produtos agrícolas e industrializados no período de 2002 a 2015. Também teve o intuito de verificar se, a partir da crise de 2008, houve o “efeito-BRICS” sobre os fluxos comerciais de produtos agrícolas e industrializados no período de 2002 a 2015. Além disso, teve o propósito de analisar os efeitos da imposição de tarifas e das medidas técnicas, sanitárias e fitossanitárias sobre as exportações brasileiras de produtos agrícolas e industrializados para o mesmo período. Para isso utilizou-se o modelo gravitacional. Os resultados não confirmaram a hipótese de um “efeito-BRICS” sobre as exportações agrícolas, mas se confirmou a hipótese desse efeito sobre os produtos industrializados. Além disso, confirmou-se o “efeito-BRICS” no período de crise, fazendo com que o Brasil sentisse de forma mais amena as consequências da mesma. Com relação às medidas SPS e TBT, confirmou-se o efeito negativo da primeira para produtos agrícolas e da segunda para produtos industrializados. No que concerne as tarifas, elas tiveram efeito positivo sobre os produtos industrializados.

Análise Histórica E Econométrica Dos Fluxos Das Importações De Bens De Capital Pelo Brasil

“…Almeida, Gomes e Silva (2014) argumentaram que as medidas técnicas não teriam a finalidade de serem medidas protecionistas, mas as notificações enviadas à OMC podem conter exigências excessivas que aumentariam os custos dos exportadores e afetariam negativamente o comércio. Mesmo uma medida com objetivos legítimos de segurança, dependendo do modo como é formulada e implementada, poderia levar ao protecionismo disfarçado (MENDONÇA, CARVALHO, 2018;CARNEIRO, 2015).…”

Un Análisis Crítico De La Internacionalización Y Las Relaciones Laborales en La Industria Agroalimentaria

“…A globalização de mercados e das economias entre os países é sustentada pela necessidade dos países e ou de regiões de obter produtos de consumo existentes em algumas regiões e não existentes em outras (Fleury & Fleury, 2021). Sejam produtos industrializados ou primários (Mendonça & Carvalho, 2018) ou em alimentos beneficiados pela indústria ou por alimentos de origem animal ou vegetal in natura (Moura, Silva, Avelar, & Carvalho, 2018).…”

“…De modo geral, a globalização quer significar o fácil acesso a todos os países do mundo e a melhor relação entre eles no que diz respeito a consumo, política e economia (Cavusgil, 2010). Mas a controvérsia apresentada por estudos como os de Mendonça e Carvalho (2018), Büttenbender (2019) e de Fleury e Fleury (2021) confirmam e coadunam os argumentos apresentados por Cavusgil (2010). A globalização é criticada.…”

Boletim Regional, Urbano e Ambiental (BRUA): n. 24

“…Entretanto, há elevadas tarifas chinesas incidentes sobre itens agropecuários, a exemplo dos produtos lácteos (Santo, 2010), tidos como nicho potencial na perspectiva de fortalecimento das relações bilaterais Brasil-China (Miranda, Jank e Soendergaard, 2020), e também barreiras sanitárias e fitossanitárias, que são igualmente significativas em termos de acesso àquele mercado (Mendonça, Carvalho e Reis, 2018). No caso da União Europeia, em que pese seu baixo dinamismo econômico verificado desde o início do século, representa o principal importador mundial de alimentos (WTO, 2019) e também um comprador líder dos produtos agropecuários brasileiros (Santo, Lima e Souza, 2012).…”