Este artigo propõe discutir o lugar das gestoras de família na rede protetiva que cuida e garante o movimento das mulheres para a escola, considerando este movimento como um legado de ancestralidade. As reflexões, fundamentadas nos princípios da autoetnografia, se apoiaram em uma revisão de literatura sobre os pressupostos conceituais que definem rede de apoio social e mobilidade educacional. Os resultados apontaram que os caminhos abertos por nossas ancestrais, ao possibilitar o acesso à escola para as filhas, alimentam transições importantes, mas ainda reclamam reexames, principalmente em se tratando da percepção sobre o lugar que nós mulheres ocupamos e do papel que desempenhamos nas famílias.