Educação para o empreendedorismo no ensino superior: estudo de caso da escola superior de hotelaria e turismo de Inhambane

Abstract

Este artigo tem como foco a educação para o empreendedorismo, apresentando a investigação realizada sobre a relação da educação para o empreendedorismo e o desenvolvimento de competências empreendedoras. O objectivo geral é compreender o impacto da educação para o empreendedorismo no desenvolvimento de competências empreendedoras dos estudantes da Escola Superior de Hotelaria e Turismo de Inhambane (ESHTI), de acordo com as três categorias apresentadas pela Comissão Europeia (2016) – atitudes, competências e conhecimento. Abordamos para isso os principais conceitos da educação para o empreendedorismo: o impacto da educação para o empreendedorismo no ensino superior, os conteúdos programáticos, os métodos de ensino e aprendizagem, as competências empreendedoras bem como o papel das Instituições do Ensino Superior (IES) na promoção da educação para o empreendedorismo. Trata-se de um estudo de caso, sendo utilizada uma metodologia mista recorrendo, para a recolha de dados ao inquérito por questionário, à técnica da entrevista e à análise de conteúdo. Optamos por aplicar um inquérito por questionário aos estudantes para avaliar a sua percepção a respeito do impacto da educação para o empreendedorismo na ESHTI e realizamos entrevistas aos professores que leccionam as unidades curriculares de empreendedorismo para identificarmos os conteúdos bem como os métodos utilizados nas aulas e analisamos ainda os documentos internos da ESHTI relacionados com a educação para o empreendedorismo. Com este estudo, concluímos que a educação para o empreendedorismo na ESHTI está a contribuir, para o desenvolvimento de atitudes, conhecimento e competências empreendedoras nos estudantes.

O papel da educação empreendedora no processo de ensino-aprendizagem no ensino superior: caso da Delegação Académica da Escola Superior de Jornalismo em Manica

“…Sobre a avaliação dos estudantes em relação às oportunidades fora das aulas para consulta, a maioria dos estudantes (61) se mostra "muito insatisfeito" e "insatisfeito", enquanto 55 estudantes dizem estar "satisfeito" e "muito satisfeito"; no que toca aos métodos de avaliação, a diferença entre os que se mostram "muito satisfeito" e "satisfeito" contra os que estão "muito insatisfeito" e "insatisfeito" é ligeira, 62 contra 59 respectivamente; em relação ao acesso a equipamentos técnicos quase a generalidade (90) estudantes se mostra "muito insatisfeito" e "insatisfeito", ao passo que 22 estudantes estão "muito satisfeitos" e "insatisfeitos"; um número quase que semelhante verifica-se na avaliação em relação a qualidade das infra-estruturas, em que (93) estudantes consideram estar "muito insatisfeito" e "insatisfeito" contra (19) que dizem estar "satisfeito" e "muito satisfeito". Os resultados obtidos nos levam a corroborar com Lamas (2018), quando propõe que a educação empreendedora para ser mais eficaz deve explorar outros ambientes para tornar mais rápido o desenvolvimento de competências nos estudantes.…”

“…Nas últimas cinco décadas muito tem sido escrito sobre o empreendedorismo e a sua ligação ao campo da educação tem ganho destaque com investigações relacionadas ao Processo de Ensino Aprendizagem (PEA), o que demostra o interesse em torno da formação de um novo tipo de profissional/estudante com uma cultura crítica, reflexiva, proactiva e capaz de transformar os conhecimentos teóricos em acções reais para o benefício da comunidade (Coan, 2011;Lamas, 2018;Schaefer & Minello, 2016).…”