“…A partir da compreensão de que as Representações Sociais são processos dinâmicos e que estão ligadas a construção de representações a partir das relações com o ambiente, das formas de pensar sentir e agir que modificam a nós mesmos e a nossa visão (COSTA, 2022), o corpo trans e travesti não é considerado capaz de exercício epistêmico, tampouco de se configurar uma autoridade epistêmica ou potência inteligível, pois a sua existência como outra possibilidade de gênero diferente da cisheteronormatividade e do modelo binário (centrado no dimorfismo sexual) sempre foi cerceada por estigmas de identidade sociomoral (exótico, anormal, monstruosidade, aberração, agressivo, histérico, transtornado mental, perversivo, pervertido, patológico, grotesco, sujo, poluído, imoral, abjeto etc. ) Entendo que a raça, além da identidade de gênero, contribui de maneira efetiva para estruturar as experiências de travestis e mulheres transexuais, já que o racismo acaba sendo um elemento adicional que opera para hierarquizar existências, distribuir os espaços e definir os papéis sociais.…”