2011
DOI: 10.1590/s0103-56652011000200009
|View full text |Cite
|
Sign up to set email alerts
|

Donas de casa: classes diferentes, experiências desiguais

Abstract: REste artigo apresenta resultados de uma pesquisa de mestrado. Esta buscou mostrar a condição de mulheres de diferentes classes sociais que, nos dias atuais, se mantêm como donas de casa, indo na contramão do "novo" modelo feminino. Foram entrevistadas três mulheres donas de casa de diferentes classes sociais: baixa, média e alta. A análise do discurso das entrevistas gerou três categorias: (a) significado do trabalho doméstico, (b) condição feminina e vida privada e (c) satisfação e (des)valorização do t… Show more

Help me understand this report

Search citation statements

Order By: Relevance

Paper Sections

Select...
1
1
1
1

Citation Types

0
1
0
10

Year Published

2016
2016
2023
2023

Publication Types

Select...
4
2

Relationship

0
6

Authors

Journals

citations
Cited by 8 publications
(11 citation statements)
references
References 14 publications
(25 reference statements)
0
1
0
10
Order By: Relevance
“…Ainda considerando o sentido de "culpa a doença", a ausência da autonomia sobre a própria sexualidade e suas manifestações de desejo, entende-se que as mulheres participantes desta pesquisa são frutos de uma visão transmitida pela criação anterior à década de 1950. Nesse momento, as ideias eram fortemente marcadas por uma conjuntura em que as famílias absorveram as ideologias de que o lugar da mulher era no lar, de que trabalhar fora as masculinizava, e de que o marido teria que ser o provedor da família (Santos & Diniz, 2011).…”
Section: Eu Não Tenho Mais Aquela Vontade: a Culpa é Da Doençaunclassified
“…Ainda considerando o sentido de "culpa a doença", a ausência da autonomia sobre a própria sexualidade e suas manifestações de desejo, entende-se que as mulheres participantes desta pesquisa são frutos de uma visão transmitida pela criação anterior à década de 1950. Nesse momento, as ideias eram fortemente marcadas por uma conjuntura em que as famílias absorveram as ideologias de que o lugar da mulher era no lar, de que trabalhar fora as masculinizava, e de que o marido teria que ser o provedor da família (Santos & Diniz, 2011).…”
Section: Eu Não Tenho Mais Aquela Vontade: a Culpa é Da Doençaunclassified
“…As mulheres começaram a assumir a posição destes homens no mercado de trabalho e os negócios familiares (SCHLICKMANN;PIZARRO, 2013). Ademais, durante o século XX, intensos movimentos sociais surgiram e colocaram em debate a divisão do trabalho entre os homens e as mulheres, permitindo que estas, principalmente das classes média e alta, saíssem do âmbito doméstico para o exercício do trabalho remunerado no mercado de trabalho (SANTOS; DINIZ, 2011).…”
Section: A Mulher E O Mercado De Trabalho: Breve Históriaunclassified
“…As manifestações sociais transformaram o papel da mulher no trabalho, na família, na política, na religião, na economia, entre outras esferas (BRUSCHINI, 2007;DINIZ, 2004;SANTOS, 2008 por inúmeros fatores econômicos e sociais (SANTOS, 2008). Essa transição modificou a estrutura familiar e os padrões sociais, desencadeando, assim, uma releitura na divisão dos papéis desempenhados pelo homem e pela mulher (BRUSCHINI, 1985;DINIZ, 2011). Contudo, a mulher ainda é o indivíduo que realiza a jornada dupla de trabalho, ou seja, o exercício de atividades profissionais no mercado de trabalho em conjunto com a realização de afazeres domésticos, e, de maneira geral, passa a dividir o seu tempo entre o trabalho e a casa (SANTOS, 2008;CALDERÓN;CAMPOS RÍOS, 2013).…”
Section: Introductionunclassified
“…On the other hand, the opposite was also observed with women who performed the only function in the household without remuneration, seen as an object of public health policies only in their reproductive aspect, especially the care directed to the gravitic-puerperal, that is, emphasizing the view of women as mothers especially in the 1970s. 1 Therefore, it was necessary to create health strategies aimed at treating women in their entirety, not only in the maternal and reproductive sense. In this context, the Ministry of Health (MOH) created in 1983 the Program of Integral Care to Women's Health (PAISM), implementing it in 1984.…”
mentioning
confidence: 99%