“…Nesse sentido e tendo em vista o objetivo do presente artigo, pelo menos duas linhas de continuidade entrelaçadas no que diz respeito à presença escrava na região, entre a segunda metade do século XVII e a década de 1880, devem ser consideradas: o uso concomitante do escravo de origem africana com outros tipos de força de trabalho, não obstante a predominância de alguns tipos em determinados momentos, e a constante demanda por escravos, apesar das mudanças na organização interna da sociedade, na configuração econômica da região e no contexto político regional, nacional (após a Independência) e global. 3 (ALVES JUNIOR, 2013;SAMPAIO, 2010;COELHO, 2005;CARVALHO JÚNIOR, 2005). Por outro lado, a própria Coroa lusa favoreceu ou fomentou não somente o comércio de africanos escravizados diretamente da África para Belém, mas também o tráfico interno de escravos de origem africana de outras regiões brasileiras para a Amazônia, compreendendo-o como uma continuidade ou até mesmo substituto de sua congênere atlântica (CHAMBOULEYRON, 2010).…”