2002
DOI: 10.1590/s1413-73722002000200013
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Dizer, escutar, escrever: redes de tradução impressas na arte de cartografar

Abstract: RESUMO.Este trabalho surge da indagação sobre um novo modo de pesquisar nas ciências humanas com base no paradigma ético-estético e político, com vistas a confrontar o saber instituído pela modernidade. Interrogações a respeito do modo cartesiano de produção de conhecimento remetem a uma diversidade de "propostas" teóricas que implicam o pesquisador desde um lugar de escuta e demanda das falas, tomando-as como efeito do que se produz no pedido pela palavra. Se o contar e o escutar constituem redes de tradução … Show more

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“…Nós nos afastamos, portanto, da produção de um conhecimento representacional sobre a realidade dos sujeitos inseridos na comunidade pesquisada, ou uma verdade que represente objetivamente seus modos de vida, e buscamos, em consonância com o que propõe Foucault (1999), reativar saberes sujeitados, acionar discursos "marginais" e colocá-los em confronto com discursos unitários e homogeneizantes. Definimos, assim, o compromisso da pesquisa não somente com a produção de dados, mas, sobretudo, com a vida (Mairesse & Fonseca, 2002). É no contexto da hegemonia da monocultura de açúcar que devemos situar os processos de subjetivação e as relações de poder que se estabelecem na comunidade, e um dos primeiros aspectos que se destaca nas experiências relatadas é a compreensão de uma vida doada ao setor sucroalcooleiro, a partir da qual a existência dos moradores desenrola e se concretiza.…”
Section: Considerações Finaisunclassified
“…Nós nos afastamos, portanto, da produção de um conhecimento representacional sobre a realidade dos sujeitos inseridos na comunidade pesquisada, ou uma verdade que represente objetivamente seus modos de vida, e buscamos, em consonância com o que propõe Foucault (1999), reativar saberes sujeitados, acionar discursos "marginais" e colocá-los em confronto com discursos unitários e homogeneizantes. Definimos, assim, o compromisso da pesquisa não somente com a produção de dados, mas, sobretudo, com a vida (Mairesse & Fonseca, 2002). É no contexto da hegemonia da monocultura de açúcar que devemos situar os processos de subjetivação e as relações de poder que se estabelecem na comunidade, e um dos primeiros aspectos que se destaca nas experiências relatadas é a compreensão de uma vida doada ao setor sucroalcooleiro, a partir da qual a existência dos moradores desenrola e se concretiza.…”
Section: Considerações Finaisunclassified
“…Como um modo de análise social e de suas narrativas, a cartografi a coloca-se como uma das possíveis ferramentas na pesquisa em ciências humanas (Mairesse & Fonseca, 2002). Nessa perspectiva, ela confronta o saber e o fazer pesquisa instituídos na modernidade, tal como o método cartesiano, que fi xa um lugar para o pesquisador e para o objeto que se deixa conhecer.…”
Section: Sobre a Cartografia: Percursos Metodológicosunclassified
“…O principal dentre estes princípios é a perspectiva da crítica à neutralidade tanto do trabalho educativo como do processo de produção de conhecimentos, posto a implicação dos sujeitos nos processos de ensinar e aprender bem como na formulação das interrogações e na escolha dos caminhos investigativos. Se por um lado a complexidade dos processos de ensinar e aprender, as tensões que os conotam e seus efeitos para as pessoas que os engendram são problematizados por pesquisadores de variadas orientações teóricas e metodológicas (SCHLINDWEIN; SIRGADO, 2006;RO-CHA, 2008;FREIRE, 2009; entre outros), a análise da implicação no processo de pesquisar vem sendo apontada como fundamental à produção de conhecimentos outros, pautados pelo reconhecimento da intrincada relação entre pesquisador e as pessoas com as quais pesquisa (MAIRESSE;FONSECA, 2002;COSTA;PAULON, 2005;.…”
Section: Introductionunclassified