Distribuição dos metais pesados em sedimentos de fundo na bacia do alto Tietê: Fatores de enriquecimento e Classes de poluição

Abstract

, basin of upper Tietê River 10 Sedimento de fundo coletado em perfil de profundidade (A), fatiado e acondicionado em recipientes plásticos prontos para congelamento (B).

Elementos potencialmente tóxicos nos sedimentos dos rios Jundiaí e Capivari: avaliação dos critérios de toxicidade e parâmetros de controle

“…Segundo Moraes (2011), a utilização de valores-guia apenas dá uma ideia da toxicidade dos elementos em sedimentos fluviais, pois não leva em consideração o fundo geoquímico natural local ou regional. Portanto, o conhecimento dos elementos característicos de um ambiente geoquímico natural de uma área investigada, ou seja, da rocha geradora, é de fundamental importância para a avaliação da poluição local, auxiliando na tomada de decisões para remediação de áreas potencialmente contaminadas.…”

“…Um fator que auxilia na ocorrência desses mecanismos é o tamanho da partícula. As frações finas, menor do que 63 μm, possuem áreas eletricamente ativas responsáveis pela alta capacidade em adsorver os elementos em função da maior relação entre a área superficial da partícula e a dimensão do grão (FÖRSTNER, 2004;MORAES, 2011;SOUZA et al, 2015;XU et al, 2016).…”

“…Estudos apontam que a contaminação de ambientes aquáticos por elementos potencialmente tóxicos é vulnerável, tendo em vista a instável imobilização de alguns elementos nos sedimentos, podendo ocorrer remobilização para o sistema (água e biota) em virtude de condições específicas do meio (LEITE, 2006;COXON et al, 2016;MORTATTI et al, 2010;MORAES, 2011 (BEVILACQUA et al, 2009;MORAES, 2011;COSTA, 2005).…”

“…O uso de técnicas que empregam traçadores isotópicos (principalmente 13 C e 15 N) comparados com os parâmetros de referências, conhecidos como endmembers, podem fornecer indícios de contaminações antrópicas em sedimentos fluviais. A assinatura isotópica δ 13 C da matéria orgânica produzida por organismos fotossintéticos reflete a dinâmica da assimilação de carbono e a composição isotópica da fonte de carbono (MORAES, 2011). Assim, a diferença de δ 13 C e a matéria orgânica formada por plantas terrestres e aquáticas (algas) tem sido utilizada para traçar fontes de distribuição da matéria orgânica em sedimentos (GARCETTE-LEPECQ et al, 2000).…”