Discurso e Sociabilidade

Abstract

«Naquilo que tem de universal, a identidade pessoal de um indivíduo ou de um povo é antes de mais urna identidade gramatical. Quem tiver o espírito formado para fazer as distinções de pessoas, de tempos, de modos, de vozes está por esse mesmo facto em condições de comunicar com outros num meio que ultrapassa em muito o contexto singular da sua cultura e da sua língua. Este meio gramatical é o solo de toda a identidade pessoal susceptível de se orientar num espaço ético de reconhecimento. É de tal modo essencial à nossa condição, está-nos a tal ponto enraizado, que se confunde com a arquitectura do próprio mundo em que vivemos.» - Jean-Marc Ferry, Les Puissances de l'Expérience, vol. 1. Le Sujei et le Verbe, Paris, ed. du Cerf, 199, P.9.

Isto é uma brincadeira? Por uma fenomenologia do jogar: o “círculo mágico” como mediador das relações e experiências sociais

“…Ao escrever este trabalho, nosso objetivo geral foi escolher uma forma de ver os jogos, tentando descrever pontos de vista que ainda precisam de mais clareza nas teorias dos jogos a partir do cruzamento da teoria da experiência, da psicologia e da sociologia. Nesse sentido, estabelecemos, nessa discussão, uma aproximação do conceito de "círculo mágico", com as noções de "quadro protetor", de Michael Apter (1991), da metacomunicação, "duplo vínculo" e os quadros ("enquadre", como é recorrente) de Gregory Bateson ( , 2013, propondo uma articulação entre a teoria dramatúrgica, com foco nos frames ou "quadros do sentido ou da experiência", explorando um caminho que Erving Goff man (2012) indica e que Adriano Rodrigues (1997Rodrigues ( , 1999Rodrigues ( , 2000Rodrigues ( , 2011 desenvolve, e das contribuições da Teoria Ator-Rede, cujo expoente é Bruno Latour (2005) e as contribuições de André Lemos (2013Lemos ( , 2015.…”