2012
DOI: 10.1590/s0103-56652012000100006
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Direitos sexuais de crianças e adolescentes: avanços e entraves

Abstract: ResumoO tenso encontro entre infância/adolescência e sexualidade é questão fundamental do presente trabalho. Neste sentido, pretende-se analisar de que modo instituições de atendimento que lidam com o público infanto-juvenil se posicionam frente à garantia dos direitos sexuais e reprodutivos destes sujeitos. As reflexões apresentadas foram construídas a partir de um recorte de situações vivenciadas em duas pesquisas de campo, realizadas em instituições de educação e saúde. Os excertos analisados sugerem que há… Show more

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“…A despeito desses alertas, o fato é que a sexualidade infanto-juvenil é objeto de perseguição disciplinar (Carvalho et al, 2012). Para as autoras, é importante compreender a distinção entre sexo, direitos sexuais e sexualidade, sendo esta última entendida não somente como exercício sexual genital, mas também como espaço de construção da subjetividade: a sexualidade envolve afetividade, autonomia e liberdade.…”
Section: A Sexualidade Adolescente Como Direitounclassified
“…A despeito desses alertas, o fato é que a sexualidade infanto-juvenil é objeto de perseguição disciplinar (Carvalho et al, 2012). Para as autoras, é importante compreender a distinção entre sexo, direitos sexuais e sexualidade, sendo esta última entendida não somente como exercício sexual genital, mas também como espaço de construção da subjetividade: a sexualidade envolve afetividade, autonomia e liberdade.…”
Section: A Sexualidade Adolescente Como Direitounclassified
“…Os autores Carvalho et al (2012) analisam de que forma as instituições de atendimento de educação (unidade pública de educação infantil no município de Rondonópolis-MT) e saúde (maternidades na cidade do Rio de Janeiro-RJ), que lidam com o público infanto-juvenil, se posicionam frente à garantia dos direitos sexuais e reprodutivos desses sujeitos. Os autores indicam que há dificuldades em se garantir os direitos sexuais de crianças e adolescentes nas práticas institucionais, visto que há uma diferenciação da representação entre sexualidade e genitalidade que afeta a compreensão dos limites entre autonomia e proteção.…”
Section: Categorias Temáticasunclassified
“…Apesar disso, não constatamos nenhum estudo desenvolvido em parceria entre autores/grupos de pesquisa/universidades de diferentes países, apenas entre universidades nacionais que são os estudos de Nogueria e Almeida (2011), Almeida et al (2011), Carvalho et al (2012, Lopes et al (2012) e Santander, Lima e Viola (2013). Além disso, há temáticas pouco exploradas com escassa produção de artigos, que obtiveram uma publicação, são elas: democracia; direitos da criança e do adolescente; o contexto rural e a questão indígena (no âmbito nacional) e os direitos sexuais e reprodutivos; sistema prisional; a questão indígena (âmbito internacional).…”
Section: Conclusãounclassified
“…Não obstante, a garantia de direitos no campo da sexualidade de crianças e adolescentes, com exceção daquelas de cunho penal e repressivo, é pouco expressiva no ordenamento legal brasileiro e acaba por associar-se ao combate à violência sexual e a algo que deva ser erradicado do universo infanto-juvenil (Carvalho, Silva, Jobim, Souza & Salgado, 2012). A primeira aproximação sobre o tema foi feita por meio do direito penal, o qual tratava até recentemente a sexualidade pelo viés de proteção dos costumes, considerado como bem jurídico a ser tutelado pela moralidade social (Melo, 2010).…”
Section: Reflexões Sobre O Campo Das Políticas Públicas E Suas Implicunclassified
“…No entanto, ao mesmo tempo em que a década de 1990 se constituiu enquanto um marco na defesa dos direitos da criança, emergindo temas como protagonismo infanto-juvenil, participação social, direito à expressão, criança como sujeito de direitos, direito ao acesso à informação e à privacidade da intimidade, por outro, vemos emergir no campo dos direitos sexuais e reprodutivos uma tendência e foco no abuso sexual intrafa miliar e na exploração sexual infanto-juvenil, marcando uma ênfase voltada mais para a violação e cada vez mais distanciada de uma discussão de direitos (Carvalho et al, 2012;Melo, 2010).…”
Section: Reflexões Sobre O Campo Das Políticas Públicas E Suas Implicunclassified