2020
DOI: 10.5380/cra.v21i1.76606
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Diplomacias cosmopolíticas e os desafios da linguagem: perspectivas das terras baixas sul-americanas

Abstract: Este texto é uma breve apresentação do dossiê Diplomacias cosmopolíticas e os desafios da linguagem: perspectivas das terras baixas sul-americanas. Os artigos aqui reunidos apresentam como tema geral a relação entre política e linguagem no mundo ameríndio e abarcam não apenas a função de comunicação ou significação da linguagem, mas suas propriedades pragmáticas, sua eficácia no fazer, agir sobre o mundo. Este dossiê é um desdobramento do Seminário “Lições de Fala”, ocorrido em julho de 2018 na USP, para o qua… Show more

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“…Ecoando os contágios entre uma etnologia preocupada com "o problema" da política (Clastres, [1974] 2012; [1980] 2011) e outros campos disciplinares, como os estudos da ciência e tecnologia (STS, na sigla em inglês), uma série de pesquisadoras vêm enfatizando a importância de se evitar a atribuição indevida de ontologias modernas para mundos ameríndios -a teleologia do Estado, da história e do progresso; a separação entre poder (coercitivo) e corpo social, representantes e representados; a divisão entre o que pertence ao plano do humano e do não-humano, da natureza ou da cultura, dos Andes ou da Amazônia (Gibram, 2021: 28-30;Perrone-Moisés, 2015;Sztutman, 2012aSztutman, , 2012bSztutman, , 2020Schavelzon, 2010;De la Cadena, 2015) 3 . Continuamos buscando traduções mais ou menos exatas; controlando as equivocações, para voltar a famosa expressão de Viveiros de Castro (2004), tentamos nos implicar em exercícios de hesitação e escapar da maldição da tolerância, como diz a filósofa da ciência Isabelle Stengers ([1997Stengers ([ ] 2020Stengers ([ , [2007Stengers ([ ] 2018.…”
Section: Cozinhando a Políticaunclassified
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“…Ecoando os contágios entre uma etnologia preocupada com "o problema" da política (Clastres, [1974] 2012; [1980] 2011) e outros campos disciplinares, como os estudos da ciência e tecnologia (STS, na sigla em inglês), uma série de pesquisadoras vêm enfatizando a importância de se evitar a atribuição indevida de ontologias modernas para mundos ameríndios -a teleologia do Estado, da história e do progresso; a separação entre poder (coercitivo) e corpo social, representantes e representados; a divisão entre o que pertence ao plano do humano e do não-humano, da natureza ou da cultura, dos Andes ou da Amazônia (Gibram, 2021: 28-30;Perrone-Moisés, 2015;Sztutman, 2012aSztutman, , 2012bSztutman, , 2020Schavelzon, 2010;De la Cadena, 2015) 3 . Continuamos buscando traduções mais ou menos exatas; controlando as equivocações, para voltar a famosa expressão de Viveiros de Castro (2004), tentamos nos implicar em exercícios de hesitação e escapar da maldição da tolerância, como diz a filósofa da ciência Isabelle Stengers ([1997Stengers ([ ] 2020Stengers ([ , [2007Stengers ([ ] 2018.…”
Section: Cozinhando a Políticaunclassified
“…Nas décadas de 1960 e 1970, Pierre Clastres, por sua vez, publicaria alguns de seus principais ensaios -Copérnico e os Selvagens, A Sociedade contra o Estado e Arqueologia da Violência . Conforme apontaram Perrone-Moisés (2011 e Sztutman (2012aSztutman ( , 2012bSztutman ( , 2020, suas instigantes formulações foram, contudo, precipitadamente descartadas -também porque Clastres morreu prematuramente e não pôde devolver as críticas. Guerras e outros mecanismos contra a centralização do poder, chefes sem poder de mando, sociedades contra-Estado (e não sem Estado); seguindo os panoramas apresentados por Sztutman (2012a) e Guerreiro (2018), veríamos como essas e outras conhecidas proposições clastrianas vêm sendo hoje retomadas por uma série de pesquisadores interessados em perseguir os rastros da política aos moldes ameríndios, num estreito diálogo com etnografias e outras reflexões contemporâneas.…”
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