A degeneração mixomatosa valvar mitral está entre as doenças cardíacas mais comuns em cães, causando alteração nas valvas do coração que se degeneram e progridem para sobrecarga atrioventricular. Essa enfermidade pode ser tratada de acordo com o estágio da doença, variando entre A a D, com subdivisões no estágio B para B1 e B2. Nesse relato de caso, será abordado o diagnóstico tardio de uma cadela idosa no estágio C e como cofatores complicadores da doença a obesidade e a taquicardia. A obesidade é caracterizada pelo acúmulo de tecido adiposo, está associada a fatores genéticos, hormonais e distúrbios metabólicos que podem gerar disfunção cardíaca, contudo, o coração dilata, exige maior esforço, aumenta a frequência cardíaca e se torna inviável manter essa FC por período prolongado. Uma cadela de 8 anos de idade, da raça Shih Tzu, peso 10,3 Kg, foi atendida em consultório particular, em uma cidade do estado de Goiás. Em exame clínico apresentava-se dispnéica e apática, FR 48 mrm, FC 240 bpm, na ausculta cardíaca apresentava sopro grau V. O ecocardiograma apresentou degeneração mixomatosa valvar mitral avançada e edema pulmonar. Iniciado a terapia com furosemida, pimobendam, atenolol, anlodipino e benazepril, mas a paciente veio a óbito. Este relato tem o objetivo de mostrar a importância do diagnóstico precoce da doença e como cofatores complicadores de prognóstico a obesidade e a taquicardia. A cadela teve o diagnóstico rápido, mas sem tempo hábil de efeito desejável medicamentoso. A necropsia não foi autorizada para maiores estudos.