Diagnóstico da realidade alimentar e nutricional do Estado do Amazonas, 1978

Giugliano, Rodolfo; Shrimpton, Roger; Arkcoil, David B.; Giugliano, Loreny Gimenes; Petrere, Miguel

doi:10.1590/1809-439219780822s005

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“…The data presented illustrate an environment of food scarcity, especially in terms of energy, which is congruent with the small number of other studies that have reported dietary data on Amazonian peasant populations (Guigliano et al, 1978; Murrieta & Dufour, 2004; Piperata & Dufour, 2007) and the one other study which used the same scale (EBIA) to assess perceived food insecurity (Yuyuma et al, 2008). The fact that protein needs were more easily met than energy needs is due to the availability of high quality, animal sources (especially fish) in this context, cultural preferences and dietary patterns which will be discussed below.…”

Section: Discussionsupporting

confidence: 87%

“…Anthropometric data show that growth faltering begins around the time infants cease breastfeeding (1–2 years) (Piperata et al, 2011b) and rates of stunting are high among children (2 – 18 years) (males, 57%; females 58%) and adults (males, 45%; females 58%) (Guigliano et al, 1981, 1984; Piperata et al, 2011b). Dietary data collected at the individual (Piperata et al, 2011a) and household-level demonstrate that access to sufficient energy, more than protein, is a challenge (Guigliano et al, 1978; Murrieta & Dufour, 2004). Finally, as will be discussed in greater detail below, administration of the Brazilian perceived food insecurity scale ( Escala Brasileira de Insegurança Alimentar, EBIA) (Melgar-Quiñonez et al, 2008) revealed high levels of food insecurity.…”

Section: Methodsmentioning

confidence: 99%

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Dietary inequalities of mother–child pairs in the rural Amazon: Evidence of maternal-child buffering?

Piperata

Schmeer

Hadley

et al. 2013

Social Science & Medicine

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This paper explores the expected outcome of maternal nutritional “buffering,” namely that children’s diets will be more adequate than mothers’ diets under conditions of food scarcity. Data on Amazonian mothers and their children, household demography and economics and direct, weighed measures of household food availability and dietary intakes of mother-child pairs were collected from 51 households to address the following research questions: (1) is there evidence of food scarcity in this setting?; (2) are there differences in energy and protein adequacy between children and their mothers?; and, (3) which individual and household-level factors are associated with these mother-child differences in energy and protein adequacy? In this context of food scarcity, we found that the majority of children had more adequate energy (p<0.001) and protein (p<0.001) intakes than their mothers. Multivariate OLS regression models showed that of the individual-level factors, child age and height-for-age were negatively associated with maternal-child energy and protein inequalities while maternal reproductive status (lactation) was positively associated with energy inequality. While there were no gender differences in dietary adequacy among children, boys had a larger advantage over their mothers in terms of protein adequacy than girls. Household food availability was related to maternal-child energy and protein inequalities in a curvilinear fashion with the lowest inequalities found in households with extremely low food availability and those with adequate food resources. This is the first study to quantify maternal-child dietary inequalities in a setting of food scarcity and demonstrates the importance of the household context and individual characteristics in understanding the degree to which mothers protect their children from resource scarcity.

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Section: Discussionsupporting

confidence: 87%

Section: Methodsmentioning

confidence: 99%

Dietary inequalities of mother–child pairs in the rural Amazon: Evidence of maternal-child buffering?

Piperata

Schmeer

Hadley

et al. 2013

Social Science & Medicine

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“…Além dos derivados da mandioca, as populações caboclas demonstram uma grande dependência em relação ao pescado 12 . Apresentam, ainda, uma multiplicidade de itens alimentares secundários altamente sazonais e uma crescente dependência de produtos de mercado, principalmente os industrializados provenientes de outras regiões do País 12,18,19 . Esta tendência parece vir acompanhada, na maioria dos casos, pelo abandono de práticas de subsistência tradicionais e perda total ou parcial da auto-suficiência na produção de alimentos 20 .…”

Section: Sociedades Caboclas Amazônicasunclassified

Consumo alimentar e ecologia de populações ribeirinhas em dois ecossistemas amazônicos: um estudo comparativo

et al. 2008

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OBJETIVO: Este artigo analisa e compara os dados de consumo alimentar de duas populações ribeirinhas da Amazônia vivendo em ecossistemas contrastantes de floresta tropical: a várzea estacional e a floresta de terra firme. MÉTODOS: Foi estudado o consumo alimentar de 11 unidades domésticas na várzea (Ilha de Ituqui, Município de Santarém) e 17 na terra firme (Floresta Nacional de Caxiuanã, Municípios de Melgaço e Portel). O método utilizado foi o recordatório de 24 horas. As análises estatísticas foram executadas com o auxílio do programa Statistical Package for Social Sciences 12.0. RESULTADOS: Em ambos os ecossistemas, os resultados confirmam a centralidade do pescado e da mandioca na dieta local. Porém, a contribuição de outros itens alimentares secundários, tais como o açaí (em Caxiuanã) e o leite in natura (em Ituqui), também foi significante. Além disso, o açúcar revelou ser uma fonte de energia confiável para enfrentar as flutuações sazonais dos recursos naturais. Parece haver ainda uma maior contribuição energética dos peixes para a dieta de Ituqui, provavelmente em função da maior produtividade dos rios e lagos da várzea em relação à terra firme. Por fim, Ituqui revelou uma maior dependência de itens alimentares comprados, enquanto Caxiuanã mostrou estar ainda bastante vinculada à agricultura e às redes locais de troca. CONCLUSÃO: Além dos resultados confirmarem a importância do pescado e da mandioca, também mostraram que produtos industrializados, como o açúcar, têm um papel importante nas dietas, podendo apontar para tendências no consumo alimentar relacionadas com a atual transição nutricional e com a erosão, em diferentes níveis, dos sistemas de subsistência locais.

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“…Para as populações amazônicas, a pesca tem sido a mais importante fonte de proteína animal. O peixe continua a ser, até hoje, o item primordial na alimentação da populações que ali residem, sendo que o consumo das populações ribeirinhas assentadas em ao longo dos rios de águas brancas pode ser ainda maior (Giugliano et al, 1978). Ao que tudo indica, a pesca, na Amazônia, é altamente seletiva.…”

Section: A Bacia Amazônicaunclassified

Consumo alimentar doméstico em populações caboclas assentadas em três diferentes ambientes amazônicos: uma análise comparativa

Bakri¹

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Desde a retomada do pensamento ecológico-evolutivo na antropologia, com a Ecologia Cultural proposta por Steward (1949), a Amazônia tem sido palco de inúmeras discussões sobre o papel que o meio ambiente desempenha na estruturação das sociedades humanas, bem como na dinâmica evolutiva dessas populações (Stewardtrabalhos desenvolvidos sobre a adaptabilidade humana na região foram dominados por um conjunto de idéias que se originaram no paradigma determinista ecológico das décadas de 1960 e 1970 (Murrieta e Dufour, 2004).Como conseqüência dessa orientação teórica, na maior parte das discussões sobre a natureza das limitações ambientais na Amazônia, identifica-se uma tendência à escolha de fatores limitantes únicos (Moran, 1991). Um exemplo disso é que a planície amazônica é classicamente dividida em dois grandes ecossistemas, com base na produtividade de suas terras: a várzea e a terra firme (Moran, 1993).Betty Meggers, inspirada nas idéias de Steward, propôs que a terra firme e a várzea, imporiam distintas limitações ambientais às culturas humanas (Meggers, 1958). Nessa classificação, as populações das várzeas, diferentemente das de terra firme, ocupavam áreas de melhor potencial agrícola, o que teria possibilitado uma população mais densa e sedentária, bem como alguma forma de estratificação social (Meggers, 1958). Alguns autores se opuseram a essa visão (Carneiro, 1970;Gross, 1975), defendendo diversos outro fatores responsáveis pela limitação à complexificação social na Amazônia. A proposição que gerou maior repercussão foi a de que a escassez de proteína animal seria o fator limitante à ocupação humana na região (Gross, 1975). Novamente, diversos pesquisadores levantaram críticas pertinentes a esse modelo, as quais incorporavam elementos como: a possibilidade de acesso à proteína vegetal da Floresta Tropical (Beckerman, 1979); a abundância de recursos aquáticos que poderiam fornecer quantidades suficientes de proteínas (Carneiro, 1995); a diversidade e complexidade dos ambientes Amazônicos (Sponsel, 1986); a complementaridade da várzea e da terra firme (Denevan, 1996); e a habilidade das populações humanas locais em usar a grande diversidade de recursos e microambientes de maneira eficiente (Moran

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Diagnóstico da realidade alimentar e nutricional do Estado do Amazonas, 1978

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Dietary inequalities of mother–child pairs in the rural Amazon: Evidence of maternal-child buffering?

Dietary inequalities of mother–child pairs in the rural Amazon: Evidence of maternal-child buffering?

Consumo alimentar e ecologia de populações ribeirinhas em dois ecossistemas amazônicos: um estudo comparativo

Consumo alimentar doméstico em populações caboclas assentadas em três diferentes ambientes amazônicos: uma análise comparativa

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