Desigualdades sociais e homicídios na cidade de São Paulo, 1998

Abstract

Este estudo teve como objetivo identificar os padrões de ocorrência dos homicídios quanto a características dos agressores, das vítimas e das circunstâncias que motivaram a agressão, segundo estratos de condições de vida. As condições de vida foram avaliadas pela escolaridade, renda e condições de habitação. Os distritos administrativos da cidade foram agrupados através de análise de cluster formando cinco estratos. Amostras casuais simples de 100 óbitos por homicídios foram obtidas para cada estrato. Atestado de óbito, boletim de ocorrência e inquérito policial foram utilizados como fontes de dados. No estrato A foram mais comuns os homicídios associados a assaltos, enquanto nos estratos B, C e D predominaram os homicídios relacionados ao tráfico de drogas e a outras atividades ilegais. No estrato E, a maioria dos casos estudados estava relacionada com brigas e desavenças entre indivíduos. Vítimas e os agressores foram predominantemente indivíduos do sexo masculino, jovens, brancos ou pardos, com baixa escolaridade, nascidos em São Paulo ou em Estados do Nordeste, com ocupação no setor terciário ou desempregados. Há maior freqüência relativa de homicídios de mulheres no estrato A. Neste estrato, a maioria das vítimas não conhece os agressores, enquanto nos outros estratos, predomina o conhecimento entre vítima e agressor envolvendo parentes, amigos ou conhecidos.

Determinants of homicides in the state of Bahia, Brazil, in 2009

“…The most affected age group was 15 -24 years old, which totaled 2,374 deaths (45.5%), followed by the 25 -34 years old group, with 1,592 cases (30.5%). These data show a profile known from other studies 19,20 , in which young males are the main victims of homicides. It is noteworthy that of the 417 municipalities in the study, 112 (26.8%) presented number, and consequently a homicide rate, equal to zero.…”

Lesões provocadas por armas de fogo atendidas em serviços de urgência e emergência brasileiros

“…The high level of young men with low level of schooling and of black or black-mixed race among the victims, seen in the analysis of the care reported in the 2014 VIVA Survey reproduces what has been seen in analyses of mortality, in hospitalization, and has been widely demonstrated in the literature on the subject 1,[13][14][15][16][17][18] . In the subgroup of assaults, firearms injuries have historically had percentages similar to those in the VIVA Survey: In 2006 the percentage was 15.1% 6 , in 2011 it was 14.9% 19 , and in 2014 it was 15.9%.…”

Mortes por homicídio em município da Região Nordeste do Brasil, 2004-2006 a partir de dados policiais

“…14,19 Em Petrolina, a maioria dos homicídios ocorreu em espaço público, resultado parecido ao descrito no estudo realizado em Porto Grande, Amapá. 15 Outros autores 20 também referem esse espaço como o local de maior ocorrência desses atos. Destaca-se neste estudo que grande parte desses crimes, quando contra as mulheres, aconteceu no domicílio.…”

“…Da mesma forma, vários estudos já constataram a predominância de agressões no período noturno. 14,15,20,23 Pesquisadores associaram a violência ao uso abusivo de bebidas alcoólicas, nesses dias e horários, como uma opção de lazer. 15 A arma de fogo constituiu o instrumento mais utilizado nos eventos violentos ocorridos em Petrolina, em ambos os sexos, fato observado também por diversos autores.…”