“…Tomando-se os diversos vetores apresentados no Diagrama 1, alguns estudos têm apontado a limitação desse processo, evidenciando que a redução da desigualdade, em termos objetivos, ficou circunscrita a dois de seus vetores: a renda oriunda do mercado de trabalho e o consumo de bens duráveis (Dedecca, 2015;Trovão & Araújo, 2019) Para uma variação acumulada do INPC de 10,3%, de 2016 a 2019, os portfólios financeiros do segmento private apresentaram uma variação de 40% para o perfil 1, 63% para o perfil 2, 83% para o perfil 3 e 97% para o perfil 4. Ressalte-se que esse resultado foi observado durante o período mais longo de recessão da economia brasileira, quando a população economicamente ativa se encontrava em uma situação de elevado desemprego, girando ao redor de 13%, com uma expressiva parcela dos ocupados auferindo remunerações próximas ao salário mínimo, cuja variação acumulada foi próxima à do INPC.…”