“…Por fim, é possível concluir que a estratégia brasileira se volta majoritariamente para a mobilidade de pessoas (alunos, docentes e pesquisadores), seja por meio do PEC-G e pelas universidades de vocação internacional em que recebemos alunos, mas também pelo envio de estudantes por meio do CsF ao exterior. Para Lima e Contel (2008), o Brasil assume uma postura passiva de internacionalização, uma vez que envia muito mais alunos ao exterior do que recebe, e portanto, ocupa a posição de comprador de serviços educacionais (Knobel et al, 2020) diante do imperativo global constituído pelas universidades que dominam os processos de acolhimento de alunos estrangeiros, como é o caso dos países do hemisfério norte, americanos e europeus. O que é compreensível para os autores, uma vez que o Brasil "demorou a fundar os pilares de uma cultura acadêmica nos moldes dos paiśes que se consagraram na recepção de acadêmicos" (Lima & Contel, 2008, p.22), em outras palavras, o Brasil demorou a desenvolver e divulgar sua pesquisa e ensino de forma sólida e atraente, além de não ter se estruturado internamente para receber alunos estrangeiros.…”