A cultura da mandioca (Manihot esculenta Crantz) é muito importante em países em desenvolvimento, principalmente em função da sua rusticidade e da capacidade de produzir razoavemente bem em condições em que outras culturas não sobreviveriam. Tal habilidade advém de a espécie ser naturalmente tolerante a solos ácidos e à seca, e ao mesmo tempo oferecer uma flexibilidade de colheita aos produtores. Este trabalho teve como objetivo caracterizar por meio de descritores morfológicos, clones elite de mandioca de mesa rosada biofortificadas em processo de seleção pelo programa de melhoramento de mandioca da Embrapa Cerrados. Foram caracterizados oito clones de mandioca, em comparação com a variedade testemunha IAC 576-70, avaliados em experimentos conduzidos na Embrapa Cerrados por duas safras. Foram obtidos 40 descritores morfológicos qualitativos para cada clone. Com base na distribuição de frequência dos genótipos nas diferentes classes fenotípicas foi calculado o coeficiente de entropia para cada descritor. A matriz de dissimilaridade genética entre os clones foi calculada com base no coeficiente de coincidência simples das classes fenotípicas e a partir dessa matriz, foi realizada a análise de agrupamento via dendrograma. Houve diferenças morfológicas entre os clones, demostrando que nenhum par de genótipos apresentou 100% de similaridade. O fator ano/safra não influenciou a expressão fenotípica dos caracteres aferidos. O coeficiente cofenético revelou elevado ajuste entre a representação gráfica