2017
DOI: 10.20396/rua.v23i2.8651142
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(Des)igualdade de gênero e a (i)mobilidade urbana contemporânea: uma visão goffmaniana

Abstract: (Des)igualdade de gênero e a (i)mobilidade urbana contemporânea: uma visão goffmanianaGender (des)equality and contemporary urban (im)mobility: a Goffmanian vision Naomi Elizabeth Orton 1 ResumoEsse trabalho tem por objetivo examinar as contribuições goffmanianas para o entendimento das interações que se desenvolvem no espaço público e nos movimentos sociais contemporâneos que surgem nele. As questões levantadas advêm de um estudo micro sobre a construção discursiva da horizontalidade por participantes do movi… Show more

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“…Acerca das espacialidades em si, ao fazer uma explicação sobre a obra de Goffman, Orton (2017) pontua que o autor denomina o espaço público como um "palco", em oposição ao espaço privado que seria compreendido como "bastidores", em que acontecerão essas ritualizações. Quando uma pessoa LGBTIAP+ ocupa o espaço público urbano, além de questionar sua utilização, coloca em xeque o comportamento esperado para seu gênero (e sexualidade), constituindo assim uma contestação e, como consequência, tende a sofrer repressão por aqueles que desejam manter os paradigmas (Orton, 2017). Carvalho et al (2017) sinaliza que os espaços públicos são "espaços de ninguém" e, portanto, espaços em que todos tendem a estar em luta contra todos, representando socialmente o medo e o descontrole e que favorecem a ocorrência dessas repressões, sejam elas morais, institucionais ou através da violência.…”
Section: Por Uma Leitura Lgbtiap+ Da Cidadeunclassified
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“…Acerca das espacialidades em si, ao fazer uma explicação sobre a obra de Goffman, Orton (2017) pontua que o autor denomina o espaço público como um "palco", em oposição ao espaço privado que seria compreendido como "bastidores", em que acontecerão essas ritualizações. Quando uma pessoa LGBTIAP+ ocupa o espaço público urbano, além de questionar sua utilização, coloca em xeque o comportamento esperado para seu gênero (e sexualidade), constituindo assim uma contestação e, como consequência, tende a sofrer repressão por aqueles que desejam manter os paradigmas (Orton, 2017). Carvalho et al (2017) sinaliza que os espaços públicos são "espaços de ninguém" e, portanto, espaços em que todos tendem a estar em luta contra todos, representando socialmente o medo e o descontrole e que favorecem a ocorrência dessas repressões, sejam elas morais, institucionais ou através da violência.…”
Section: Por Uma Leitura Lgbtiap+ Da Cidadeunclassified
“…Na dimensão física, essa hostilidade pode se manifestar de várias maneiras, como o abandono, a ocorrência de assassinatos e os casos de espancamento e até mesmo a prática de estupros "corretivos". (Orton, 2017;Filho et al, 2021) O Brasil permanece como o país com o maior número de assassinatos de pessoas LGBT+ no mundo, registrando uma média de uma morte a cada 34 horas (Gastaldi et al, 2023). O país ainda ocupa o primeiro lugar no ranking de países que mais mata pessoas transexuais no mundo (Cerqueira et al, 2021;Mendes et al, 2020;Minuano, 2021).…”
Section: Por Uma Leitura Lgbtiap+ Da Cidadeunclassified
“…Sua organização, assim como os paulistanos, calcava-se na divisão de tarefas em comissões, cujos membros deveriam alternar-se diariamente, além de todas as decisões terem que passar por uma assembleia que ocorria todo final do dia. Atividades educativas e recreativas abertas à comunidade tinham que ser organizadas e, para isso, pesquisadora Naomi Orton (2018), calcada em uma visão construcionista de gênero, investiga também práticas naturalizadas como masculinas e femininas dentro deste contexto. No contexto da ocupação, o que observei foi a forte influência do conceito no imaginário coletivo dos estudantes, ora indo de encontro com práticas e atitudes assimétricas, ora servindo de argumento de autoridade.…”
Section: ) Contexto Motivações E Relevânciaunclassified
“…grandes guinadas, no anseio pela democratização social mais justa.Nem por isso seria adequado dizer que tais lutas chegaram à conquista do Paraíso", afinal, como pode ser visto, as conquistas de ordem normativa foram alcançadas pelas vias do Poder Judiciário, enquanto que os Poderes Legislativo e Executivo (com exceção do Governo Lula) se mostram alheios as pessoas e populações LGBTs, assim, para muitos dissidentes sexuais e de gênero a rua ainda é sinônimo do medo. É a partir desse contexto histórico e social permeados por antagonismos no que diz respeito às lutas e anseios das pessoas e populações LGBTs no contexto brasileiro, que, se compreende uma interface entre as desigualdades operantes na diversidade no tocante de uma caminhabilidade "segura" na cidade, sobretudo, presente nos corpos que maximizam os estereótipos do preconceito, da indiferença e de uma feminilidade performativa(ORTON, 2017). nesse ínterim que buscamos um diálogo com a Teoria da Caminhabilidade de Jeff Speck (2016), que tem sua centralidade nos desenhos urbanos de deslocamento dos sujeitos que vivem em um território.…”
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