Depressão melancólica e depressão atípica: aspectos clínicos e psicodinâmicos

Abstract

O objetivo deste estudo foi revisar a epidemiologia, a sintomatologia clínica e a classificação dos diversos subtipos de transtornos depressivos, conforme os modernos sistemas de diagnóstico e de pesquisa, e descrever, de forma crítica, sob à luz da Psicanálise, os principais aspectos psicodinâmicos subjacentes. Destacamos, particularmente, os quadros de depressão melancólica e atípica, enfatizando a necessidade do reconhecimento diagnóstico precoce e da compreensão psicanalítica como instrumentos importantes para a intervenção e para o tratamento.

Psychiatry in Portugal: Key actors and conceptual history (1884–1924)

“…Hospitalization sought to harmonize two apparently contradictory aims: shelter and treatment on the one hand, and the only effective defence mechanism for society on the other. Among Matos’s prime interests were forensic psychiatry and criminology, which influenced legislation and the subjects of his most important works: A Loucura (Matos, 1889), which was translated into Italian by Lombroso who also added a preface; three volumes of medico-legal reports (Matos, 1902/1903/1907); and translating and prefacing Garofalo’s books. Matos was one of the founders of the journal O Positivismo (1878–82), which was very important in Portuguese science and culture.…”

“…Matos, like Séglas, expressed reservations regarding the scope of Kraepelin’s paranoid form, but he followed with interest the evolution of Kraepelin’s thinking and welcomed the news that Kraepelin was going to remove Magnan’s chronic delusion from dementia praecox, where it had been included as paranoid dementia, to create a new group: the paraphrenias (Matos, 1914). In 1924 Cid made a presentation on the psychological conception of schizophrenia, adhering to Bleuler’s ideas and writing that what characterizes the psychological process of schizophrenia is the ‘dissociation of personality into autonomous complexes, centred on the child’s instinctive primary tendencies that psycho-ontogenic evolution failed to socialize’ (Cid, 1924b/1983: 159–60).…”

Guerra ao terror: da biopolítica à bioguerra

“…Com efeito, a palavra terror ganha uma conotação política no período compreendido entre 31 de maio de 1793 e 27 de julho de 1794, interstício no qual se instalou em França, sob a direção de Maximilien François Isadore Robespierre, o "Terror", caracterizado pela radicalização revolucionária jacobina, cuja finalidade, no dizer de ROBESPIERRE, era fazer uma "[...] justiça pronta, severa, inflexível". 306 Assim, a forma de se governar e manter a pureza e a continuidade da revolução se manifestava pela incutissão do terror sobre o povo, vale dizer, a eventualidade de que qualquer pessoa pudesse vir ser acusada de atos contrarevolucionários, bem como pela espetacularização daquela justiça imediata, severa e inflexível pela utilização da máquina criada por Dr. Guillotin. A guilhotina, apresentada como instrumento mais eficaz (causava a morte em 30 segundos) e humanitário (evitava que a execução durasse por um longo período, causando sofrimento desnecessário, como a forca, que poderia demorar mais de 45 minutos), foi amplamente usada para fins de justiçamento sumário, já que a convenção aprovara, em 10 de junho de 1794, uma resolução diminuindo as formalidades para a condenação à pena capital.…”

Comunicação não-verbal e depressão: uso de indicadores não-verbais para avaliação de gravidade, melhora clínica e prognóstico

“…O risco de recorrência aumenta progressivamente após cada episódio sucessivo (Bauer, Whybrow, Angst, Versiani & Moller, 2002;Kessing, Hansen, Andersen & Angst, 2004). A frequência elevada de ocorrência somada à natureza crônica e à morbidade e mortalidade da depressão ocasionam altos custos e prejuízos sociais (Fleck et al, 2002;Greenberg, Stiglin, Finkelstein & Berndt, 1993a;Matos, Matos & Matos, 2006;Murray & Lopez, 1996;Pincus & Pettit, 2001). …”

“…doenças cardíacas); e suicídio (Matos et al, 2006;Oquendo et al, 2001;Regier et al, 1993). Pessoas com doenças físicas e deprimidas têm um risco de morte quatro vezes maior quando comparadas a pessoas com os mesmos quadros clínicos, porém não deprimidas (Blumenthal et al, 2003;FrasureSmith, Lespérance & Talajic, 1995;Morris, Robinson & Samuels, 1993).…”