“…Nesses pacientes com paracoccidioidomicose residual, as sequelas mais frequentes incluem a doença pulmonar obstrutiva, disfonia, alterações nas adrenais, laringe, sistema digestório, sistema nervoso central e tegumento 1,2,17 , quase sempre como consequência do processo inflamatório crônico e desenvolvimento de granulomas 2, 19 . Nos pulmões, as características radiográficas evidenciam envolvimento intersticial, nodular, condensações, cavitação 19 , por vezes bilateral e com evidências de fibrose tecidual, devendo-se considerar também a possibilidade diagnóstica de tuberculose 19 , a qual também pode ser encontrada nos mesmos pacientes (de 5,5% a 19% dos casos), concomitantemente 14,17 . Com o aperfeiçoamento do diagnóstico laboratorial, bem como a eficácia do tratamento medicamentoso da paracoccidioidomicose, a ocorrência de quadros mais graves vem diminuindo progressivamente, mas pacientes com severa perda de peso, insuficiência respiratória, envolvimento de suprarrenais e do sistema nervoso central ainda podem ser observados 17 As sequelas se desenvolvem em aproximadamente um terço dos pacientes tratados e o óbito sobrevém para 2 a 23% dos mesmos, com média de 7,6% 2,13 , constituindo a quinta causa mais relevante de óbitos em pacientes portadores do vírus HIV 36 , onde sua letalidade pode se elevar a mais de 30% 2 , o que reforça a necessidade de cuidados adicionais no diagnóstico e tratamento dessa micose nesses pacientes 37 .…”