A radioterapia utiliza radiação ionizante para o tratamento de doenças. A delimitação do volume alvo é feita durante o planejamento radioterápico, etapa em que o médico radioterapeuta, auxiliado pelo físico e o tecnólogo em radiologia, utilizam imagens radiológicas para a visualização do volume de tratamento. Na rotina dos procedimentos de planejamento normalmente não é feita a quantificação da dose de radiação liberada, devido principalmente à exaustiva agenda de atividades dos profissionais. Neste trabalho foi avaliada a dose de radiação liberada em exames radiológicos durante o planejamento radioterápico convencional no Setor de Radioterapia da Faculdade de Medicina de Botucatu-SP. Os resultados mostraram que as doses médias de radiação liberadas no procedimento variaram de 3,7 a 49,4 mSv. Concluiu-se que os resultados, do ponto de vista de proteção radiológica dos tecidos sadios circunvizinhos ao volume de tratamento, são significantes. Portanto, ressalta-se que, embora o paciente já esteja sendo submetido a uma alta dose de radiação, dirigida para a região acometida, não se deve negligenciar a dose de radiação liberada durante o planejamento, pois ela não está direcionada apenas para o volume alvo de tratamento.