Neste artigo, buscamos problematizar a maternidade no cotidiano das universidades como uma questão que traz dimensões reflexivas para a experiência de ensino-aprendizagem, para as relações intersubjetivas e para as problematizações teórico-analíticas produzidas na academia. Nossas análises sobre as relações entre maternidades e academia partem de nossas experiências como mães e pesquisadoras de temas relativos à maternidade e, em específico, sobre vivências e teorizações em torno da maternidade solo e do uso da terminologia monoparentalidade. É, então, a partir desse encontro entre as autoras, mas também delas com outras parceiras intelectuais e experienciais na academia que este texto busca problematizar como a construção de questões, a um só tempo, teóricas, políticas e experienciais, se dá atravessada pela experiência da maternidade como um marcador social da diferença.