2009
DOI: 10.1590/s0102-69092009000200007
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Abstract: Os afetos não constituem um tema novo nas ciências sociais. Teorizado, entre outros, por Simmel (1998Simmel ( [1895) ou Goode (1959), o amor ganhou protagonismo crescente desde as primeiras décadas do século XX. Primeiro, tornou-se central na reconstituição histórica da vida privada, desde que Ariès (1973 [1960]) ou Shorter (1995Shorter ( [1975) elegeram a sentimentalização das relações familiares como uma das linhas de força da modernidade, frisando a importância do romantismo que, florescente no século XIX, … Show more

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“…Pelo contrário, uma maior convergência tende a traduzir-se no reforço da partilha de intimidade e, amiúde, na sua progressiva configuração em formato de casal. Este é um processo gradual que ganha forma através de arranjos variáveis e moldáveis que, no imediato, poderão não passar pela institucionalização matrimonial, refletindo tendências já bastante expressivas nos padrões contemporâneos de organização da vida conjugal (Aboim, 2009;Beck e Beck-Gernsheim, 2004). Todavia, num ou noutro momento, muitos desses arranjos acabam por ser juridicamente formalizados como casamento, tanto mais não seja por razões pragmáticas de agilização da gestão da mobilidade, residência e cidadania dos cônjuges e dos seus descendentes.…”
Section: Mobilidades Em Cadeia E Conjugalidadeunclassified
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“…Pelo contrário, uma maior convergência tende a traduzir-se no reforço da partilha de intimidade e, amiúde, na sua progressiva configuração em formato de casal. Este é um processo gradual que ganha forma através de arranjos variáveis e moldáveis que, no imediato, poderão não passar pela institucionalização matrimonial, refletindo tendências já bastante expressivas nos padrões contemporâneos de organização da vida conjugal (Aboim, 2009;Beck e Beck-Gernsheim, 2004). Todavia, num ou noutro momento, muitos desses arranjos acabam por ser juridicamente formalizados como casamento, tanto mais não seja por razões pragmáticas de agilização da gestão da mobilidade, residência e cidadania dos cônjuges e dos seus descendentes.…”
Section: Mobilidades Em Cadeia E Conjugalidadeunclassified
“…Em seguida, e considerando reflexões já esboçadas em texto anterior (Sacramento, 2016a), tento mostrar que o casamento convencional, bem como outros vínculos pós-convencionais de afinidade (Aboim, 2009;Beck e Beck-Gernsheim, 2004;Holmes, 2010), estando situados a uma escala internacional, pressupõem, intrinsecamente, determinadas formas mais ou menos polivalentes de gestão da mobilidade, da residência e dos projetos profissionais. No conjunto destas estratégias é bastante comum a deslocação migratória feminina para o país do respectivo companheiro, segundo uma orientação predominante Sul/Norte, rumo a geografias mais prósperas (Brennan, 2004;Constable, 2005;Piscitelli, 2009;Riaño, 2003;Raposo e Togni, 2009;Roca et al, 2008;Tseng, Cheng e Fell, 2013;Yang e Lu, 2010).…”
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“…Segundo Ferry (2013), o amor-paixão dura pouco e, se o casal desejar sobreviver ao esvanecimento desse amor, deve modificá-lo em algo mais sólido, por exemplo, em uma amizade amorosa. Também, em um estudo realizado com 22 mulheres, entre 30 e 40 anos de idade, Aboim (2009) Cabe ressaltar que Llosa (2013) ponderou que a religiosidade é de suma relevância para a maioria dos sujeitos, pois somente a segurança difundida por meio da fé pode libertar o homem da inquietação, do medo, da finitude humana. Além do mais, para Cortella e La Taille (2005, p. 23), estamos assistindo ao ressurgimento "das estruturas religiosas", já que, em nenhum outro momento histórico, tantas formas de religiosidade puderam ser vistas, conforme observamos atualmente.…”
Section: Introductionunclassified
“…Embora inquestionável a importância desse processo de união nas biografias individuais (Aboim, 2006), o casamento, enquanto forma mais comum de oficializar as relações de intimidade, nem sempre se imbuiu dos mesmos significados, oscilando em função das constantes e naturais transformações sociais.…”
unclassified