As atuais opções profissionais são diferentes das vislumbradas no planejamento original da carreira de certas pessoas, como, por exemplo, os ex-funcionários do Banespa, privatizado no ano 2000. A pesquisa apresentada neste artigo teve como objetivo identificar se e como as carreiras sem fronteiras se manifestam na gestão pessoal da transição profissional desses trabalhadores. O procedimento metodológico foi o quantitativo, aplicando-se um questionário fechado a uma amostra aleatória proporcional, estratificada em dois grupos: os que permaneceram trabalhando na instituição após a privatização, e os que foram desligados voluntariamente em 2001. A suposição, levantada na hipótese 3, de que as respostas desses dois grupos apresentariam diferenças, foi negada. Os resultados, que levaram à aceitação da hipótese 2, apontaram que a maneira como a pessoa gerencia sua carreira enquanto trabalha na empresa estável influencia a gestão pessoal da sua transição profissional, influenciando também a manifestação das carreiras sem fronteiras. Não foi possível estabelecer um padrão para essa manifestação durante a transição profissional; dessa forma, aceitou-se a hipótese 1. Foi possível concluir que as carreiras sem fronteiras podem não corresponder à realidade absoluta das carreiras atuais, mas certamente ajudam na compreensão dessa realidade.