“…Especificamente, os docentes com níveis mais elevados de autoeficácia tendem a desenvolver uma prática educativa mais positiva e uma maior motivação e realização dos seus estudantes (Caprara, Barbaranelli, Borgogni, & Steca, 2003;Schwarzer & Hallum, 2008;Schwarzer & Schmitz, 2004;Woolfolk, Rosoff, & Hoy, 1990), a favorecer o comportamento prossocial (Giallo & Little, 2003), a desenvolver o comportamento vocacional dos alunos (Lent & Hackett, 1987), a promover o comportamento autorregulatório (Bandura, 1989), a diminuir o comportamento disruptivo (Greenwood, Olejnik, & Parkay, 1990;Soodak & Podell, 1994), entre outros. De igual modo, a investigação ainda documenta que os professores que se percecionam como mais eficazes tendem a apresentar um maior desempenho profissional e bem-estar pessoal no trabalho (Bzuneck & Guimarães, 2003;Caprara, Barbaranelli, Steca, & Malone, 2006;Holzberger, Philipp, & Kunter, 2013;Klassen et al, 2009;Klassen & Chiu, 2010), evidenciam baixos níveis de stress e burnout (Brouwers & Tomic, 2000;Dicke et al, 2014;Egyed & Short, 2006;Schwarzer & Hallum, 2008;Skaalvik & Skaalvik, 2007), revelam adequadas estratégias de gestão da sala de aula (Woolfolk et al, 1990) e demonstram uma maior capacidade de implementar inovações pedagógicas e tecnoló -gicas (Judge & Bono, 2001). Mais recentemente, Klassen e Tze (2014) numa meta-análise de 43 estudos, realizado com o objetivo de explorar a associação entre duas características psicológicas dos docentes (autoeficácia e personalidade) e duas medidas externas de eficácia do ensino (desempenho do docente e realização escolar dos alunos), observaram uma forte relação entre a autoeficácia e o desempenho docente, mas uma associação mais modesta entre as restantes variáveis.…”