Perfil de pacientes dependentes hospitalizados e cuidadores familiares: conhecimento e preparo para as práticas do cuidado domiciliar REME • Rev Min Enferm. 2014 jan/mar; 18(1): 164-172 DOI: 10.5935/1415-2762.20140013
PERFIL DE PACIENTES DEPENDENTES HOSPITALIZADOS E CUIDADORES FAMILIARES: CONHECIMENTO E PREPARO PARA AS PRÁTICAS DO CUIDADO DOMICILIAR*
PROFILES OF DEPENDENT HOSPITALIZED PATIENTS AND THEIR FAMILY CAREGIVERS: KNOWLEDGE AND PREPARATION FOR DOMICILIARY CARE PRACTICES PERFIL DEPACIENTES DEPENDIENTES HOSPITALIZADOS Y CUIDADORES FAMILIARES: CONOCIMIENTO Y PREPARACIÓN PARA LAS PRÁCTICAS DE ATENCIÓN DOMICILIARIA
Pesquisa* Artigo extraído do trabalho de conclusão de curso "Perfil de pacientes dependentes hospitalizados e cuidadores familiares: conhecimento e preparo para as práticas do cuidado domiciliar", apresentado ao curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-Minas).
INTRODUÇÃOO Brasil, assim como os países desenvolvidos, tem se deparado com um problema de saúde cada vez mais grave, por consequência do envelhecimento da população e das doenças crônico--degenerativas. Esse problema é crescente, devido, principalmente, ao aumento da expectativa de vida, observada durante o decorrer das últimas décadas, em virtude da melhor qualidade de vida.A dinâmica demográfica no Brasil segue um compasso de crescimento populacional e de modificações na sua estrutura etária. O processo de transição demográfica relacionado à queda das taxas de mortalidade e de fecundidade tem ocasionado rápida variação na estrutura etária brasileira, com diminuição da proporção de crianças e jovens, aumento da população adulta e considerável tendência na elevação de idosos. Com o envelhecimento da população brasileira e a consequente elevação do número de doenças crônico-degenerativas, observa-se aumento da demanda de leitos hospitalares para pacientes idosos. Estes começam a conviver com fatores de risco para doenças crônico-degenerativas, tornando-se mais frequentes as complicações como acidente vascular cerebral, fraturas por quedas, limitações causadas por insuficiência cardíaca e doenças pulmonares obstrutivas crô-nicas, como também a dependência determinada pela doença de Alzheimer.
2As condições geralmente não fatais são, na maioria das vezes, as geradoras do que pode ser denominado de processo incapacitante, ou seja, o processo no qual determinada condição afeta a funcionalidade dos idosos e, consequentemente, o desempenho das atividades cotidianas.3 As condições crônicas abarcam uma categoria extremamente vasta de agravos que apresentam pontos em comum: são persistentes e necessitam de certo nível de cuidados permanentes, exigindo mudanças no estilo de vida e gerenciamento da saúde. 4 Diante dessa panorâmica visão, percebe-se que o número de internações entre os idosos aumenta considerável e proporcionalmente ao crescimento de doenças crônico-degenerativas. Essas condições crônicas apresentadas, na grande maioria das vezes, de forma simultânea interferem na qualidade de vida dos idosos e, qua...