Resumo: Este trabalho faz uma reflexão sobre a influência das reformas já realizadas no Brasil nos governos Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Vana Rouseff. O objetivo do artigo é, portanto, analisar como as reformas ocorridas no país ao longo do século XX foram inseridas em ambos os governos. Também se buscou compreender qual foi a abertura do Estado em termos da construção de uma administração pública societal. O referencial teórico foi construído a partir das três reformas vivenciadas no país : 1930, 1967 e 1995. Em seguida, foram analisadas as notícias publicadas no site do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão com o termo "reforma". Utilizou-se a análise temática de Bardin (2007) para o tratamento dos dados. Observaram-se avanços em termos da participação de atores sociais nas decisões da administração pública federal, em especial no governo Lula, mas que ainda carecem de melhorias. Palavras-chaves: Burocracia; Gerencialismo; Partido dos Trabalhadores.Abstract: This paper made a reflection of the reforms influence that had undertaken in Brazil during the government of Luiz Inácio Lula da Silva and Dilma Vana Rousseff. The aim is to analyze how the public sector reforms that took place in the country throughout the twentieth century were inserted in both government. It also sought to understand what was the government view in terms of building a societal public administration. The theoretical framework was built from the three public sector reforms experienced in the country : 1930, 1967 and 1995. Then the news published with the term "reform" on the website of the Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão were analyzed. The thematic analysis was used for addressing the data. In Lula government particularly, there were progress toward civil population participation in the federal government decisions, but that still require improvements. Administração Pública e Gestão Social, 9(3), jul. -set., 2017, 205-215 207 cargos públicos fosse marcado pelo patrimonialismo e pelo nepotismo (Brasil, Cepêda & Medeiros, 2014 Em primeiro lugar, prescrevia que a administração pública deveria se guiar pelos princípios do planejamento, da coordenação, da descentralização, da delegação de competência e do controle. Em segundo, estabelecia a distinção entre a administração direta -os ministérios e demais órgãos diretamente subordinados ao presidente da República -e a indireta, constituída pelos órgãos descentralizados -autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista. Em terceiro, fixava a estrutura do Poder Executivo federal, indicando os órgãos de assistência imediata do presidente da República e distribuindo os ministérios entre os setores político, econômico, social, militar e de planejamento, além de apontar os órgãos essenciais comuns aos diversos ministérios. Em quarto, desenhava os sistemas de atividades auxiliares-pessoal, orçamento, estatística, administração financeira, contabilidade e auditoria e serviços gerais. Em quinto, definia as bases do controle externo e interno. Em s...