Concepções sobre deficiência em instituições públicas e privadas da Educação Superior

Abstract

Resumo Esse artigo objetiva investigar e analisar concepções sobre deficiência expostas por 1.763 universitários. Foi aplicada a Escala Intercultural de Concepções de Deficiência (EICD) em estudantes de três Instituições da Educação Superior (IES), do estado de São Paulo, sendo duas públicas – federal e estadual – e uma, privada. Os achados foram expostos ao trato estatístico, permitindo comparar os dados obtidos entre os estudantes nesses diferentes contextos e analisar as relações entre escolha de posicionamentos, em função de algumas variáveis, como área de atuação e/ou de formação acadêmica e de faixa etária. Os resultados favorecem a sistematização de informações para a compreensão de comportamentos e culturas sociais, políticas e educacionais, que podem indicar caminhos para a superação de atitudes discriminatórias com base na deficiência, além de situar a universidade como um local em que a deficiência possa ser debatida, criticamente, com futuros profissionais.

Diálogos em torno do "ultrapresidencialismo" estadual

“…Ademais, os governadores se tornaram importantes cabos eleitorais, seja para a eleição na Câmara dos Deputados, dos próprios deputados estaduais e de prefeitos (ABRUCIO, 1998;COSTA, 2004;LEITE e SANTOS, 2010). Somado a isso ser amigo de quem tem a chave do cofre era uma estratégia política perfeitamente compreensível (LEITE e SANTOS, 2010). Desta forma os governadores tinham grande facilidade de obter apoio através da construção de coalizões regionais.…”

“…Conjecturamos que a predileção por estudos de caso e a natureza descritiva dos trabalhos produzidos repercutem na escolha da publicação de tais estudos em coletâneas ou livros que abordem a realidade política de um estado específico como veículo preferencial de divulgação (CARREIRÃO e BORBA, 2006;LEITE e SANTOS, 2010;PERISSINOTO et. al, 2008;SANTOS, 2001a;SANTOS e ANASTASIA, 2016;TOMIO e RICCI, 2018a).…”

“…O ultrapresidencialismo não é um padrão dominante quando se observa a produção legislativa nos estados (ANASTASIA, 2001, GROHMANN 2001NUNES, 2008;SANTOS, 2001a;TOMIO, 2006;TOMIO e RICCI, 2012a;2012b, 2018b, apesar de ainda ser verificado em alguns estados (ABRUCIO et. al., 2001;BORGES, 2018;DOMINGUES, 2001;LEITE e SANTOS, 2010;PEREIRA, 2004a;RAINHA 2018). Em segundo lugar, parece razoável supor que em boa medida, a força dos governadores não advém de uma fraqueza do Legislativo, como preconizava Abrucio (1998) e sim dos aspectos constitucionais e institucionais (MORAES, 2001;TOMIO, 2006;TOMIO e RICCI, 2012a;2012b;TOMIO e RICCI, 2018b).…”

“…Seja como for, neste cenário de protagonismo legislativo do executivo é mais racional ao parlamentar delegar poderes para o executivo e orbitar em torno de um governo bem-sucedido (ABRUCIO et. al, 2001;ARAÚJO, 2016;LEITE e SANTOS, 2010;NUNES, 2008;TOMIO e RICCI, 2012a).…”

“…Ponto comum aos trabalhos que observam a vigência do "ultrapresidencialismo" em alguns estados seria a fragilidade das assembleias. Os problemas institucionais vão desde o tamanho das casas legislativas até capacidade das mesmas em diminuir a assimetria informacional frente ao Executivo e, desta forma, construir uma agenda substantiva própria (BORGES, 2018;BRAGA e FRANÇA, 2008;DOMINGUES, 2001;LEITE e SANTOS, 2010;SILAME, 2018;RAINHA, 2018).…”