“…Quanto à visão moral dos profissionais, as seguintes concepções sobre o uso e o usuário de drogas foram identificadas: os alcoolistas não possuem força de vontade e determinação, sendo moralmente fracos, pecadores, vagabundos, delinquentes ou na "desordem" (SPRICIGO; ALENCASTRE, 2004;OLIVEIRA et al, 2006;LUÍS, 2008;GOMIDE et al, 2010); devido à sua doença (dependência), vista de maneira negativa (MORAES, 2008;SOARES;FORMIGONI, 2013), os usuários não possuem domínio sobre suas ações ou chance de escolha, negando que estão doentes (MORETTI-PIRES et al, 2011;PRATES et al, 2014), não querendo parar de beber (GOMIDE et al, 2010) ou dificultando e tumultuando o tratamento (LIMA et al, 2007;MARTINS;SILVA;PERES, 2014); o uso de drogas é encarado como algo sempre errado e ruim (LIMA et al, 2007), tornando o indivíduo débil e louco (VARGAS; LABATE, 2006) e associado a práticas antissociais de violência e criminalidade (MOUTINHO;LOPES, 2008;OLIVEIRA et al, 2010).…”