“…Nesse sentido, cabe observarmos que o processo que naturaliza a cultura de mídia traz a reboque a necessidade exponencial de aparecer, de exibir-se em público, isto é, a busca incessante por visibilidade. Porém, na sociedade aceleradamente midiatizada, a invisibilidade ou, pelo menos, a redução dos níveis de visibilidade pública, também é valor sob as lógicas de circulação, pois nem todas as organizações realmente querem e/ou devem ascender a esses amplos graus de visibilidade (SILVA, 2018). Assim, para além dos simples empregos das mídias e de suas gramáticas para as organizações estarem visíveis, dentre outras coisas e a um só tempo, importam as estratégias de gestão dos seus níveis de visibilidade ou opacidade de modo a se fazerem presentes na arena midiática e dizerem de si (circulem sentidos sobre si) para construírem as imagens-conceito desejadas (BALDISSERA, 2008), serem reconhecidas e (re)afirmarem sua legitimidade, bem como, em perspectiva da cultura organizacional, para implementarem políticas de comunicação que considerem o contexto de midiatização sem ser por ele determinadas.…”