Meningite asséptica é definida como uma inflamação meníngea não relacionada com um processo infeccioso no líquido cerebrorraquidiano (LCR). Pode-se apresentar febre, dor de cabeça, endurecimento da nuca e alteração do estado mental. Apesar da diferença diagnóstica clara, a hospitalização e tratamento com antibióticos de amplo espectro de crianças com meningite asséptica é frequente e se torna causa de estresse parental e aumento dos gastos em saúde. O presente estudo configura-se como estudo epidemiológico, ecológico, do tipo descritivo, retrospectivo e de análise quantitativa, que objetivou compreender o número de casos confirmados de meningite asséptica no estado de São Paulo no período entre 2006 e 2012 e sua comparação com o número de casos registrados no Brasil, correlacionando idade e sexo da população afetada. Para isso, coletou-se dados por meio do aplicativo TABNET do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS),o que demonstrou que, quando comparado com as outras unidades de federação, São Paulo foi o Estado que apresentou a maior incidência de meningite asséptica ao longo do período estudado, seguido pelo Estado do Paraná,em 2006, com 25% dos casos e encerrando o período estudado com 6% dos casos totais. Pôde-se notar uma tendência declinante do número de casos infantis registrados nesse período à nível de Brasil. Como perspectiva para o futuro, tem-se a expectativa de que novos estudos envolvendo dados secundário possam trazer um quadro de maior visualização de surtos de meningite, com políticas públicas implementadas no aspecto de prevenção e tratamento da mesma.