O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) reúne uma diversidade de manifestações de graus variados e cujos critérios diagnósticos envolvem, necessariamente: dificuldade no campo da interação social, da comunicação e presença de comportamentos e interesses repetitivos. O presente relato tem por objetivo apresentar a experiência vivida em um grupo terapêutico ofertado para familiares de pessoas com TEA, em uma Organização Não Governamental (ONG) no Triângulo Mineiro, Minas Gerais, Brasil, a fim de compreender as vicissitudes que atravessam o cotidiano de pais e mães de crianças e adolescentes com TEA. Utilizou-se como instrumentos para coleta dos dados a observação e o diário de campo que continha anotações sistemáticas ao longo dos encontros. Constatou-se que o grupo tem potencial terapêutico, pois incita o cuidado. Os pais apresentavam demandas em relação a temáticas como o desenvolvimento dos filhos, maternagem e sentimentos vividos com o processo de cuidar. Portanto, pode-se considerar que o grupo promoveu o acolhimento, o suporte nas dificuldades, o compartilhamento de sentimentos e a interação entre profissional-familiar.