As doenças cardiovasculares são as principais causas de morte por doença no Brasil. A doença coronariana crônica (DAC) é o resultado da formação de placas de aterosclerose compostas por tecido fibroso e colesterol. Tipicamente na circulação coronariana, quando a oclusão crônica atinge 70%, o fluxo está comprometido e a demanda excede a oferta. A DAC caracteriza-se pela insuficiência de irrigação sanguínea no coração por meio das artérias coronárias. Dado o exposto, este trabalho tem por objetivo relatar um caso de doença arterial coronariana multiarterial, suas abordagens terapêuticas, cirúrgicas e medicamentosas, bem como seus resultados prognósticos. Paciente de 57 anos, sexo masculino, pardo, com coronariografia demostrando lesão ulcerada de 60% em terço distal do tronco de coronária esquerda; lesão de 90% na origem do segundo ramo diagonal de fino calibre; e lesão de 70% em terço proximal do primeiro ramo marginal esquerdo de fino calibre; sendo diagnosticado uma coronariopatia obstrutiva multiarterial. Hábitos de vida: tabagista crônico e etilista. Equipe médica avaliou o caso e determinou intervenção cirúrgica, sendo realizadas duas revascularizações do miocárdio. A abordagem cirúrgica utilizada foi a técnica minimamente invasiva, realizando uma toracotomia anterior esquerda no quarto espaço intercostal de aproximadamente 6 centímetros. O procedimento cirúrgico não apresentou intercorrências, e o paciente recebeu alta hospitalar no quinto dia pós-operatório, e retornou após 5 dias, não sendo detectadas nenhuma intercorrência. Estatisticamente a cirurgia de revascularização do Miocárdio (CRM) foi superior à Terapia Medicamentosa (TM) e à Intervenção Coronariana Percutânea (ICP) para os desfechos combinados de Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), revascularização adicional e mortalidade. Portanto é deferível que pacientes cirúrgicos possuem melhor prognóstico. Destarte, a conduta e procedimentos realizados pela equipe foram adequados e recomendados de acordo com a literatura.