Caracterização Do Comércio Varejista De Peixes Ornamentais Na Cidade De Belém - Pará

Abstract

O Brasil é um importante exportador de peixes ornamentais. Porém, muitos estabelecimentos de comércio varejista e de produção de organismos aquáticos ornamentais atuam de maneira informal. O presente trabalho teve por objetivo caracterizar o comércio varejista de peixes ornamentais na cidade de Belém. A coleta de dados foi realizada em seis estabelecimentos varejistas de aquariofilia, obtidos através de visitas técnicas durante os meses de janeiro e fevereiro de 2018. Os dados quantitativos e qualitativos foram agrupados em planilhas do programa Excel 2016 e analisados mediante gráficos e tabelas por meio de estatística descritiva. Verificou-se que das espécies comercializadas, 55,6% são exóticas, não originarias da América do Sul. Em relação ao preço de venda das espécies, constatou-se que o véu de noiva (Carassius auratus) possui a maior média (R$ 35,50), como também a maior variação de preço, e o plati (Xiphophorus maculatus) apresentou a menor média (R$ 3,75), já o barbus sumatra (Puntigrus tetrazona) foi o peixe que menos variou de preço (R$ 1,00) entre as lojas. O estado de São Paulo é o principal fornecedor de peixes ornamentais para Belém. As lojas mais estruturadas apresentaram maior número de espécies em relação às lojas de menor porte. O comércio varejista de peixes ornamentais na cidade gera preocupação devido a expressiva venda de espécies de outros países, uma vez que a aquariofilia figura entre as principais fontes dispersoras de espécies não nativas no mundo.

Comércio De Espécies Ornamentais Na Região Amazônica

“…Nas dez ordens catalogadas verificou-se a presença de 24 famílias no mercado de peixes ornamentais da capital paraense, de modo que as famílias Cichlidae e Characidae possuem maior ocorrência representando, respectivamente, 27,63% e 13,16% dos dados. As famílias mais representativas no ano de 2018 em Belém foram: Cyprinidae, Poeciliidae, Characidae, Cichlidae e Osphronemidae (DE PAULA et al, 2018)…”

“…No trabalho realizado por De Paula et al (2018) em Belém, o comércio de peixes ornamentais era mais voltado para os peixes dulcícolas, principalmente pelo fato dos custos elevados com a aquisição e manutenção dos peixes, ao compararmos os dados verifica-se que há uma maior oferta de peixes marinhos, principalmente o A. ocellaris. Fonte: Os autores, 2023.…”

“…: R$ 1.600,00; média: R$ 906,00) e o desjardini (Zebrasoma desjardinii (Bennett, 1836)) (R$ 900,00). Enquanto no estudo realizado em 2018 por De Paula et al (2018), verificou-se que o kinguio (C. auratus) apresentava o maior valor de mercado (min. : R$ 5,00; máx.…”

“…Constatou-se neste estudo que a maioria dos lojistas (54,54%) tem menos de cinco anos de atividade, 9,09% das lojas estão em atividade entre seis e dez anos, 9,09% estão em atividade entre 11 a 20 anos e 27,27% está em atividade a mais de 20 anos. Comparando com o estudo realizado em 2018, verificamos um padrão semelhante, visto a diferença no período de desenvolvimentos dos trabalhos, onde as lojas que comercializavam peixes ornamentais em Belém, possuíam em média 12 anos de funcionamento, e a loja mais antiga tinha aproximadamente 16 anos e a mais nova tinha apenas 2 anos de atividade (DE PAULA et al, 2018).…”

“…Em 2018 os principais fornecedores de insumos para os lojistas de Belém estavam situados no estado de São Paulo, Minas Gerais, Rio de janeiro, Ceará, Pernambuco e atacadistas da região (DE PAULA et al, 2018). No presente trabalho os comerciantes foram questionados sobre os fornecedores de peixes ornamentais para abastecer suas lojas, e como resultado pudemos observar que o Rio de Janeiro é o principal estado fornecedor para o estado do Pará, abastecendo seis das 11 lojas estudadas, enquanto São Paulo fornece peixes para cinco lojas, Minas Gerais ficou em terceiro lugar abastecendo três lojas e apenas um comerciante informou que recebe peixes de fornecedores da própria região.…”