zido em 1987 mediante um amplo estudo de padronização da normalidade para nossa população 11 . A CPU panorâmica tem boa reprodutibilidade e espelha adequadamente os achados anatomopatológicos 9,10,[12][13][14] . Entretanto, deve-se ter em mente que a CPU fornece uma imagem indireta do capilar, pois com as fontes de luz disponíveis visualiza-se apenas o fluxo sanguíneo moldado pelas paredes dos capilares 8 .
MÉTODO DE EXECUÇÃO DO EXAMEO instrumento óptico mais adequado é a lupa estereomicroscópica, embora possam ser empregados, a título de triagem, outros instrumentos de magnificação, como a lupa de mão, oftalmoscópio e microscopia convencional. A epiiluminação deve provir de fonte de baixa irradiação térmica, incidindo a 45º sobre a superfície da pele.A aplicação de um meio oleoso e transparente (óleo de imersão, glicerina) sobre a região a ser examinada nivela a superfície irregular da pele, o que permite a entrada e saída homogênea dos raios luminosos e torna a pele translúcida 8,11 . Embora os dedos anular e mínimo ofereçam, em geral, melhor visibilidade, todos os dedos das mãos devem ser examinados, pois alterações microangiopáticas podem ser focais e restritas a apenas alguns dedos. Para melhores resultados, deve-se orientar o paciente a não retirar a cutícula por no mínimo três semanas antecedendo a avaliação. O edema resultante da retirada da cutícula prejudica acentuadamente o estudo dos capilares periungueais.A CPU permite a visualização do plexo venoso subpapilar (PVS) e capilares das papilas dér-micas. As observações feitas restringem-se aos capilares da fileira distal, ou seja, imediatamente proximais à borda ungueal e à cutícula. Esses capilares são, normalmente, bem visualizados de forma longitudinal em seus três segmentos, aferente, transição e eferente. Os capilares das fileiras proximais são usualmente visualizados como pequenos pontos correspondendo ao topo do segmento de transição ( fig. 1).
INTRODUÇÃOA capilaroscopia periungueal (CPU) consiste na visualização in vivo da rede microvascular da região periungueal. Trata-se de um exame não-invasivo e de fácil execução, que tem encontrado grande aplicação no estudo das acro-síndromes vasculares e de doenças auto-imunes reumáticas sistêmicas.Aparentemente, a primeira descrição de capilaroscopia microscópica data de 1663, tendo sido realizada por Johan Christophorous Kohlhaus. Estudos subseqüentes utilizaram diversos sistemas de magnificação óptica para a visualização de capilares em diferentes locais do organismo humano, tais como a conjuntiva ocular, lábios, região periungueal e polpa digital [1][2][3][4][5]