Se partirmos das premissas da teoria geral de sistemas sociais, trabalhos científicos, como esta dissertação, não podem jamais ser um produto das maquinações de nenhum indivíduo isolado. Eles são, antes, produzidos a partir da relação significativa de autores com muitos outros indivíduos a partir de inúmeros sistemas sociais. Sem interações, grupos, redes, organizações e sistemas funcionais, trabalho algum existiria, pois são precisamente suas oportunidades de encontro que dão sentido à produção de sentido.Logo, em termos estritos, essa seção não deve apenas agradecer, e sim reconhecer o papel fundamental de várias outras pessoas para a constituição deste estudo.Em primeiro lugar, agradeço ao meu orientador no Brasil, Leopoldo Waizbort, e ao meu supervisor na Alemanha, Rudolf Stichweh. Ao primeiro, só posso ser grato por sua generosidade e prontidão, manifesta, por exemplo, no incentivo e auxílio ao refino da ideia que deu origem a este trabalho mesmo antes de haver uma relação formal de orientação. Além disso, sou imensamente grato pela orientação cativante e paciente, sempre disposta a ressignificar problemas a partir de seus horizontes de possibilidade e à promoção do cultivo intencional do espírito. Ao segundo, agradeço pela interlocução rotineira, intelectualmente surpreendente e pessoalmente afável. Com efeito, sou muito grato pela calorosa recepção, dentre outros, traduzida no fomento contínuo à interlocução crítica e ao dissenso produtivo, na inserção generosa em redes de pesquisa e nos vários conselhos sobre os percalços e potências da produção de teoria.Agradeço também à hospitalidade de toda a equipe do Luhmann-Archiv e do Arquivo da Universidade de Bielefeld (Alemanha), que me deu acesso pleno ao espólio do autor durante uma semana em setembro de 2022, além de ter instruído-me sobre minúcias da vida intelectual e institucional de Luhmann nesta universidade, onde o autor lecionou durante toda a sua carreira professoral. Portanto, agradeço a André Kieserling, André Siekmeier, Christoph Gesigora e, em especial, a Johannes Schmidt e Martin Löning. Agradeço, igualmente, aos integrantes do Departamento de Pesquisa Comparativa sobre Democracias do Forum Internationale Wissenschaft, liderado por Stichweh na Universidade de Bonn, em especial, a