2005
DOI: 10.1590/s0104-026x2005000200006
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Abstract: As mulheres que tanto a história como a imaginação popular mitificaram como "bruxas" constituem figuras que expurgam as fobias da Contra Reforma. As bruxas foram torturadas e queimadas para sinalizar os perigos de práticas e saberes à margem da Igreja e de outras instituições dominantes na Idade Moderna. Parteiras, curandeiras e carpideiras, as bruxas misturam em seu caldeirão os mistérios da vida e da morte herdados das tradições pagãs. Este artigo percorre textos de historiadores, em especial o de Jules Mich… Show more

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“…Ao fazer uma análise da farta literatura sobre o assunto, a autora mostra que a caracterização da bruxa, que vigorou durante a Inquisição e que ressoa até os dias de hoje, constitui-se como um dos elementos mais perversos produzidos na sociedade patriarcal do Ocidente, já que expurga todos os males atribuídos ao feminino: desde o pecado original, até a desobediência da "primeira mulher", pintada como colaboradora de Satã e personificação do demônio (ZORDAN, 2005 O discurso do ódio, conforme Rosane Leal da Silva et al (2011), se estrutura em duas frentes: na discriminação, ou seja, na manifestação segregacionista baseada na ideia de que o autor do discurso é superior à pessoa atingida ou alvo do ódio; e na externalidade, na publicização do ódio com a finalidade de incitar e conquistar adeptos. Esse ódio, que já está presente na sociedade, ganha visibilidade e ressonância nos sites de redes sociais, o que amplia sua força e reprodutibilidade (Raquel RECUERO, 2014, online).…”
Section: Misticismo E Religiosidadeunclassified
“…Ao fazer uma análise da farta literatura sobre o assunto, a autora mostra que a caracterização da bruxa, que vigorou durante a Inquisição e que ressoa até os dias de hoje, constitui-se como um dos elementos mais perversos produzidos na sociedade patriarcal do Ocidente, já que expurga todos os males atribuídos ao feminino: desde o pecado original, até a desobediência da "primeira mulher", pintada como colaboradora de Satã e personificação do demônio (ZORDAN, 2005 O discurso do ódio, conforme Rosane Leal da Silva et al (2011), se estrutura em duas frentes: na discriminação, ou seja, na manifestação segregacionista baseada na ideia de que o autor do discurso é superior à pessoa atingida ou alvo do ódio; e na externalidade, na publicização do ódio com a finalidade de incitar e conquistar adeptos. Esse ódio, que já está presente na sociedade, ganha visibilidade e ressonância nos sites de redes sociais, o que amplia sua força e reprodutibilidade (Raquel RECUERO, 2014, online).…”
Section: Misticismo E Religiosidadeunclassified
“…cultural "menor": o das intervenções maléficas sobre os corpos de outrem -grosso modo, o feitiço, bruxaria, a magia (por ex., Daniela Buono CALAINHO, 2012;Jules MICHELET, 1989;Luiz Henrique PASSADOR, 2010;Paola Basso M. B. Gomes ZORDAN, 2005).…”
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“…4 Heinrich KRAMER e James SPRENGER, 1993, p. 77. 5 Para ampliar o estudo da imagem da bruxa, seus poderes, sua aliança com o demônio e sua ameaça para o cristianismo, consultar o artigo de Paola Basso Menna Barreto Gomes ZORDAN, 2005. 6 KRAMER e SPRENGER, 1993, p. 77. 7 Conferir o estudo clássico sobre o Sabá e a bruxaria de Carlo GINZBURG, 1991.…”
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