Briófitas da Reserva Particular do Patrimônio Natural da Serra do Caraça, Estado de Minas Gerais, Brasil

Abstract

RESUMO A Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) da Serra do Caraça está localizada no complexo orográfico da Cadeia do Espinhaço e caracteriza-se como uma área de transição entre dois importantes domínios fitogeográficos brasileiros, a Mata Atlântica e o Cerrado. Essa Reserva é composta por diferentes tipos de formações vegetais e apresenta, predominantemente, os campos rupestres. Na Reserva Particular do Patrimônio Natural da Serra do Caraça foram encontradas 439 espécies de briófitas (238 musgos, 199 hepáticas e dois antóceros), 74 (17%) espécies endêmicas brasileiras e 80 (18%) novos registros para o Estado de Minas Gerais. A família de hepáticas Lejeuneaceae foi a mais rica, com 75 espécies, enquanto Sphagnaceae apresentou maior riqueza para os musgos, com 29 espécies. A maioria das espécies encontradas apresenta uma distribuição moderada para o país e são neotropicais.

Briófitas do Parque Estadual de Campos do Jordão, Estado de São Paulo, Brasil

“…A Mata Atlântica pode ser considerada o maior centro de biodiversidade de briófitas no país (Costa & Costa et al 2015a, Silva & Porto 2015, Carmo et al 2018. Para as hepáticas a família Lejeuneaceae se destaca, apresentando 80 espécies, o que representa 35% das hepáticas encontradas nessa área.…”

Musgos (Bryophyta) da Estação Ecológica Wenceslau Guimarães, Estado da Bahia, Brasil

“…Para a distribuição geográfica por Estados brasileiros, foram consultados os catálogos de Costa et al (2011), Yano (2011), artigos recentemente publicados (e.g. , Carmo et al 2018 e consultas ao Flora do Brasil (2020, em prep.). A distribuição mundial das espécies foi baseada nos trabalhos de Valente et al (2009) Em relação a ocorrência das espécies por Domínios Fitogeográficos brasileiros, observou-se que 34 espécies apresentam ocorrência compartilhada entre o Cerrado, Floresta Amazônica e Floresta Atlântica; 12 espécies ocorrem na Floresta Amazônica e Floresta Atlântica; e 14 ocorrem apenas na Floresta Atlântica.…”

Bryophytes in Amazon savannas: richness and composition in disjunct areas in the Eastern Amazon

“…Acrolejeunea torulosa, Cheilolejeunea l o b u l a ta , Ca l y m p e re s p a l i s o t i i a n d Octoblepharum albidum occurred in all areas. These species are commonly found in xeromorphic vegetation (Castro et al 2002, Visnadi 2004, Lisboa et al 2006, Ilkiu-Borges et al 2009, Valente et al 2013, Carmo et al 2018, Oliveira-da-Silva & Ilkiu-Borges 2018. As these species are generalists, they are therefore often found in forests and wetlands in the Amazonian region (2022) 94(1) e20200465 12 | 21 Tavares- Martins et al 2014, Fagundes et al 2016, Sierra et al 2018.…”

“…Studies on bryophytes from savannas in other regions of Brazil were carried out mainly in the Northeast, Southeast and Midwest of the country, presenting the richness, composition and floristic similarity in different phytophysiognomies that cover transition areas between the Atlantic Forest and savannas of the Central Brazilian (Cerrado) and the Chapada Diamantina ecoregion with elevations above 900 m (Yano 1994, Visnadi & Vital 2001, Visnadi 2004, Câmara et al 2005, Oliveira et al 2006, Yano & Peralta 2009, 2011, Santos & Conceição 2010, Valente et al 2013, Carmo & Peralta 2016, Rios et al 2016, Carmo et al 2018. This compilation of data produced knowledge about the species that grow in this type of environment and allowed the assessment and inference of factors that influence the richness and composition of bryophytes in neotropical savannas.…”