Nas primeiras décadas do século XXI, a Enfermagem brasileira vem demonstrando forte e acumulada preocupação com a memória e a identidade profissional, expressa pela criação e manutenção de acervos institucionais. Isso pode estar sendo dinamizado graças aos avanços produzidos a partir da produção de conhecimento na linha de pesquisa de história da enfermagem brasileira, presente em grande parte dos atuais cursos de pós-graduação stricto sensu. Uma das vertentes da pesquisa em história da enfermagem é o destaque à construção e desenvolvimento de fortalecida identidade profissional de enfermagem, tema de interesse comum para a formação acadêmica e para a prática profissional na assistência cotidiana à saúde.Ademais, a enfermagem vem sendo engrandecida com a criação e uso pedagógico de museus e centros de memória com a finalidade de preservar sua história profissional e divulgação na sociedade brasileira em geral, da importância da enfermagem no contexto do desenvolvimento social de todo o país. Em nível nacional, as duas principais instituições representativas da enfermagem, inauguraram importantes espaços de memória da enfermagem brasileira no ano de 2010. O Conselho Federal de Enfermagem (COFEn) inaugurou, em 12 de maio, na cidade de Salvador/Bahia, em endereço expressivo, pelas exposições artísticas, no histórico bairro Pelourinho, o Museu Nacional da Enfermagem (MUNEAN), e a Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn Nacional) inaugurou em 4 de agosto, na sua sede na cidade de Brasília/DF, o seu Centro de Memória da Enfermagem Brasileira (CEMEnf ).Outras iniciativas já existiam em instituições de ensino superior de enfermagem nas diferentes regiões do Brasil, majoritariamente ligadas a núcleos/grupos de pesquisa de história da enfermagem, que ao longo dos anos vêm