A partir das narrativas de encontros que se dão nas ruas, em aulas de teatro feitas em uma praça da zona portuária do Rio de Janeiro, esse artigo busca discutir as potencialidades do fazer teatral com crianças em espaços públicos. O texto contextualiza e examina as constantes modificações urbanas na zona portuária, área central do Rio de Janeiro, desde a constituição do Morro da Favela, hoje Morro da Providência, até a atualidade. Nesse processo de transformações impostas pelo poder público, a articulação dos projetos culturais e sociais do e no território atuam no sentido de articular com os moradores e habitantes da zona portuária outros usos para o espaço. O encontro de dois projetos educativos, o Viaduto Literário e o Projeto Teatro Nômade, que trabalham desde 2018 na fronteira entre os morros do Pinto e da Providência, coloca novas questões sobre a ocupação desse espaço urbano, que se apresenta então como palco e sala de aula, como um espaço de ensinoaprendizagem. Palavras-chave: Morro da Providência; Porto Maravilha; Pedagogia do teatro; Rua.