Barreiras e facilitadores da mobilização precoce na unidade de terapia intensiva pediátrica: revisão sistemática

Abstract

RESUMO O objetivo desta revisão sistemática foi identificar as barreiras e facilitadores para a implementação da mobilização precoce em unidades de terapia intensiva pediátrica. Realizou-se uma busca sistemática baseada em estudos que abordassem barreiras e/ou facilitadores para mobilização precoce em crianças e adolescentes. Foram incluídos estudos publicados até junho de 2019 nas bases de dados MEDLINE®, Physiotherapy Evidence Database, Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde, Cochrane Library, Scientific Electronic Library Online. A seleção e a avaliação da qualidade metodológica foram realizadas por dois revisores independentes. Dados que pudessem ser identificados como barreiras e/ou facilitadores foram extraídos para análise. Foram encontrados 358 registros nas bases de dados, dos quais foram incluídos 13 artigos. Foram citadas 18 barreiras, sendo as mais citadas o número insuficiente de profissionais, e insegurança da equipe. Dos 11 facilitadores citados, os mais frequentes foram treinamento/educação da equipe multidisciplinar e a instituição de diretriz/consenso. Existem muitas barreiras a serem quebradas para que a mobilização precoce seja efetiva, porém alguns facilitadores já são conhecidos e podem ser implementados, tornando viável a sua implementação para a população pediátrica.

Síndrome Pós-Cuidados Intensivos: como rastrear e reduzir seus prejuízos? / Post Intensive Care Syndrome: how to screen and reduce the impairments?

“…Suas causas principais são a neuromiopatia, atrofia muscular, contraturas articulares e demais impactos negativos da imobilidade e podem se agravar como resultado de doença, sedação e restrição ao leito, assim como durabilidade e intensidade inadequadas da reabilitação física. Tem como fatores de risco a utilização de corticoides sistêmicos, fraqueza muscular adquirida na UTI, idade, recuperação demorada da lesão pulmonar, dependências preexistentes e patologias recém adquiridas na UTI (SANTOS et al, 2019;DESAI et al, 2011;SILVA et al, 2014).…”

“…As manifestações mais importantes provenientes das PICS são fraqueza muscular adquirida na UTI, dor crônica ou síndromes dolorosas pós UTI, disfagia, diminuição da capacidade pulmonar e perda da capacidade funcional. A mobilização precoce frequentemente ajuda e previne esses problemas (HAAS et al, 2013;SILVA et al, 2021;SILVA et al, 2014).…”

“…Estudos apontam que estados críticos de fraqueza prejudicam em até cinco vezes o desmame dos indivíduos sob ventilação mecânica e a alta hospitalar. Em vista disso, ainda que a prioridade do paciente internado seja a intervenção da doença crítica, para a redução de agravos, é fundamental avaliar e tratar o sistema musculoesquelético (SILVA et al, 2021;SANTOS et al, 2019;SILVA et al, 2014).…”

“…Sob esse viés, é considerada segura, eficiente, de baixo custo e de pouco risco aos pacientes. A mobilização direcionada, individualizada e estruturada ainda no princípio do tratamento na UTI expande o grau de mobilidade dos indivíduos, acelera a alta e aumenta a independência funcional de forma significativa (SANTOS et al, 2019;SILVA et al, 2014;SCHALLER et al, 2016;DESAI et al, 2011).…”

Efetividade de um plano de metas fisioterapêuticas em pacientes internados em uma unidade de terapia intensiva: uma análise retrospectiva vs. prospectiva

“…Em contrapartida, a mobilização precoce aparece como uma alternativa para amenizar a incidência e a gravidade da fraqueza muscular adquirida na UTI 10 , demonstrando ser uma abordagem segura, viável e que promove a melhora funcional, além de estar associado a melhores desfechos clínicos 11 . A mobilização precoce está associada ao menor número de complicações pós-operatórias, melhora da capacidade funcional e menor tempo de internação hospitalar 12 .…”