Avaliação do Risco a Inundação na Bacia Hidrográfica do Rio Cubatão do Norte, Joinville/SC (Flood Risk Assessment in the Cubatão do Norte River Basin, Joinville/Santa Catarina – Brazil)

Abstract

A desarticulação entre o gerenciamento dos recursos hídricos e o planejamento do uso do solo resulta em alterações decorrentes das interferências humanas sobre o ambiente, refletindo principalmente nas bacias hidrográficas. A análise de risco deve levar em consideração tanto a dinâmica dos sistemas ambientais, quanto os sistemas sociais. A bacia hidrográfica do rio Cubatão do Norte possui uma série histórica de inundações registrada pela Defesa Civil de Joinville, evidenciando a grande importância da revisão do Plano Diretor Urbano de Joinville. O mapa de suscetibilidade a inundação foi desenvolvido com a metodologia proposta por Saaty, que condiz em atribuir pesos de importância aos níveis de informações analisadas, que neste caso foram determinados pelas características físicas da bacia: hipsometria, declividade, uso do solo, pedologia e geologia. O mapa de vulnerabilidade a inundação foi criado a partir do zoneamento municipal. Os níveis de informação que mais influenciaram a suscetibilidade a inundação foram a hipsometria e a declividade, seguidos da pedologia, uso do solo e por último, atuando minimamente nos resultados, os aspectos geológicos. As áreas de maior risco a inundação compreenderam as macrozonas de maior densidade populacional situadas nas áreas de baixa altitude e declividade, associadas a Cambissolos flúvicos, depósitos fluviais de planície de inundação e áreas urbanizadas. Palavra-chave: Inundação, AHP, Risco, Geoprocessamento.

Mapeamento das áreas suscetíveis às inundações e aos alagamentos no município de Jaboatão dos Guararapes, Pernambuco

“…A hipsometria de uma região também se configura como um fator importante, determinando as áreas de acumulação da água (OLII; OLII; PAKAYA, 2021). Devido à força da gravidade, a água se desloca dos locais mais altos para os mais baixos, causando inundações (AMAYA et al, 2021;CAMPIOLI;VIEIRA, 2019;KARYMBALIS et al, 2021;WAQAS et al, 2021).…”

“…Ademais, realiza-se o seu mapeamento, sendo esse progresso favorecido pelo avanço e facilidade de acesso à tecnologia do Sistema de Informações Geográficas (SIG) (MANTIS; VAZ, 2019). Além dessas vantagens, o SIG, aliado às outras técnicas de geoprocessamento, ainda possibilita a elaboração do planejamento dos procedimentos de evacuação, o monitoramento de desastres, a implementação de sistemas de alerta e inventário e a avaliação de danos de eventos extremos (AMAYA et al, 2021;CAMPIOLI;VIEIRA, 2019).…”

Análise Espacial De Risco Para Leptospirose No Município De Joinville (Sc)

“…É possível observar também a relação entre a densidade demográfica e as áreas de inundação, o que caracteriza o histórico de ocupação de Joinville, com amplo adensamento urbano em áreas de fragilidade ambiental, como planícies de inundação e áreas de manguezal. Esta situação foi determinada em boa parte, pela trajetória industrial de Joinville, que motivou a vinda de um grande número de pessoas em busca de trabalho, que com pouco recursos passaram a ocupar extensas áreas marginais com alta suscetibilidade à inundação (TEBALDI, 2008;CAMPIOLI & VIEIRA, 2019).…”

Mapeamento das Áreas Suscetíveis a Inundações na Bacia Hidrográfica do Rio Duas Unas, em Pernambuco

“…O Sistema de Informações Geográficas (SIG) representa um importante recurso tecnológico que permite auxiliar a identificação de áreas suscetíveis a inundações, uma vez que possibilita a coleta, o armazenamento e o tratamento de dados espaciais, bem como a combinação desses com dados hidrológicos, produzindo resultados satisfatórios Yao, 2018;Pasaribu et al, 2021). Associado a outras técnicas de geoprocessamento, o SIG também é capaz de proporcionar a elaboração do planejamento dos procedimentos de evacuação, o monitoramento de desastres e a avaliação de danos de eventos extremos (Campioli;Vieira, 2019).…”

“…O emprego dessa metodologia para a identificação de áreas suscetíveis a inundações pode ser conferido em estudos realizados em outros países, como Argélia (Abidine;Abdelmansour, 2018), Índia (Surwase et al, 2019), Egito (Abdrabo et al, 2020), Argentina (Bucogen;Piccolo;Bohn, 2021), Camarões (Nsangou et al, 2022), Canadá (Noori;Bonakdari, 2023), Sri Lanka (Wijesinghe et al, 2023), entre outros. Em cenário nacional, também é bastante comum serem produzidos estudos acerca dessa temática em diversas regiões do Brasil (Campioli;Vieira, 2019;Miranda et al, 2019;Leal;Aquino, 2020;Freiman;Carvalho, 2020;Palácio et al 2021;Santos et al, 2022).…”