A prematuridade é resultante de ocasiões diversas e imprevisíveis, em todos os lugares e classes sociais. Representa também um grande problema de Saúde Pública, pois acarreta às famílias e à sociedade em geral um custo social e financeiro de difícil mensuração, além de ser um determinante de morbimortalidade neonatal, principalmente em países em desenvolvimento. Segundo relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), a incidência dos partos prematuros é maior nos países pobres e atualmente está em torno de 12% maior do que em nações mais desenvolvidas (9%)(Ramos; Cuman, 2009; Howson;Kinney;Lawn, 2012).O relatório “Born too Soon”, divulgado pela OMS em 2012, mostrou que 15 milhões de bebês nascem antes do tempo por ano no mundo. O Brasil e os Estados Unidos estão entre os dez países com os maiores números de partos prematuros (Howson; Kinney; Lawn, 2012). O Brasil aparece em décimo lugar, com cerca de três milhões de crianças ao ano, das quais 279 mil são prematuros, sendo 35.000 com peso ao nascer inferior a 1.500g. A taxa brasileira é 9,2% dos bebês prematuros, igual à da Alemanha e inferior à dos Estados Unidos, que chega a 12% (Brasil, 2018).Baseado nos dados do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC), foi realizado um estudo no estado de Santa Catarina, em 2005, onde mostrou que o peso médio das crianças ao nascer foi de 3.232,8g variando de 500g a 6.035g. As características dos prematuros foram: sexo masculino com prevalência de 6,2%; nascidos de mães com idade superior a 40 anos (8,8%) e nascidos de partos por cesariana (6,6%) (Cascaes et al., 2008).Considerando a estatística de prematuros nascidos vivos, sabe-se que um percentual considerável dos neonatos pré-termo precisa de auxílio para iniciar a transição cardiorrespiratória para a adaptação à vida extrauterina. Dados da Rede Brasileira de Pesquisas Neonatais indicam que, em 2010, dos nascidos vivos prematuros de extremo baixo peso e sem malformações, 60% precisaram de ventilação com pressão positiva, dos quais 40% melhoraram com a ventilação por máscara facial e que aproximadamente 6% foram ventilados com cânula traqueal e receberam massagem cardíaca e/ou medicações na sala de parto (Brasil, 2012).Assim, este plano de trabalho se justifica em gerar conhecimento das características de um grupo populacional contribuindo para a redução dos índices dos indicadores de saúde, principalmente o coeficiente de mortalidade infantil. Esses dados alicerçarão, direcionarão e subsidiarão as ações propostas pelos diversos a assistência à saúde, bem como sua forma de execução. Portanto, uma avaliação contínua desses indicadores de saúde pelas administrações públicas forneceria estratégias para assistência integral à criança e instrumentos para redução da incidência de morbimortalidade infantil.Diante disso, questiona-se: Qual o perfil de prematuros nascidos vivos em um município no interior da Bahia? Cujo o objetivo é identificar o perfil de recém-nascidos prematuros nascidos vivos em uma cidade do interior da Bahia.