2012
DOI: 10.1590/s0102-69092012000200006
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Autoria, autenticidade e apropriação: reflexões a partir da pintura aborígine australiana

Abstract: Estive na Austrália por um período curto, mas muito intenso, de janeiro a abril de 2010. Na ocasião, conheci museus de arte e galerias comerciais em diversas cidades, conversei com colecionadores, curadores e artistas.2 As dimensões e a diversidade do chamado Australian Indigenous art system impressionam. Estima-se que existam, hoje, cerca de 7 mil artistas indígenas 3 na Austrália, muitos dos quais participam regularmente do circuito de museus e bienais e têm seus trabalhos comercializados por casas de leilõe… Show more

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“…Tanto no caso australiano como no canadense, o surgimento de uma nova produção artística indígena se deu a partir da intensificação do contato com não indígenas no último quarto do século XX; em ambos os países, há subsídios do governo, que vê a arte indígena como uma fonte de renda e de fortalecimento comunitário; museus e galerias comerciais dos dois países expõem e vendem trabalhos indígenas como arte (Berlo 1999;Goldstein 2012). Além disso, na Austrália e no Canadá os artistas indígenas tendem a se associar em cooperativas autogeridas (Goldstein 2012;Mitchell 1993).…”
Section: Presença Indígena Em Museus E Galeria De Arteunclassified
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“…Tanto no caso australiano como no canadense, o surgimento de uma nova produção artística indígena se deu a partir da intensificação do contato com não indígenas no último quarto do século XX; em ambos os países, há subsídios do governo, que vê a arte indígena como uma fonte de renda e de fortalecimento comunitário; museus e galerias comerciais dos dois países expõem e vendem trabalhos indígenas como arte (Berlo 1999;Goldstein 2012). Além disso, na Austrália e no Canadá os artistas indígenas tendem a se associar em cooperativas autogeridas (Goldstein 2012;Mitchell 1993).…”
Section: Presença Indígena Em Museus E Galeria De Arteunclassified
“…Na cidade australiana de Cairns, por exemplo, funciona um parque temático aborígene chamado Tjapukai, cujo proprietário não é indígena, mas cujos bilheteiros, dançarinos, arremessadores de bumerangue, instrutores de pintura facial e vendedores da lojinha são da etnia Tjapukai. Também na Austrália, os parques nacionais Kakadu, com pinturas rupestres de 40 mil anos atrás, e Uluru, com sua pedra gigante de nove quilômetros, são operados por guias aborígenes que narram as histórias de cada marca na paisagem (Goldstein 2012). Até que ponto se trata, nesses casos ou nas recentes parcerias dos Huni Kuin com não indígenas, de encenações "inautênticas", de comoditização cultural?…”
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“…Ensejam transformações intersubjetivas, em que ao tentar modificar o mundo, os coletivos e os indivíduos também se modificam (PAIS, 2010). A arte é um "espaço de diálogos e tensões interculturais" (GOLDSTEIN, 2012), entre lógicas culturais hegemônicas e lógicas culturais alternativas, evidenciando negociações existentes em cada equipe de produção na elaboração do roteiro, na montagem e no conteúdo finalizado.…”
Section: Introductionunclassified
“…Desde então acompanho suas trajetórias, prestando-lhes ocasionalmente assistência para a organização de eventos (Belaunde 2010(Belaunde , 2008. Deve-se notar que, apesar do interesse existente tanto no Peru quanto no exterior por suas obras, os pintores não recebem apoio institucional ou financeiro, como aconteceu, por exemplo, na Austrália, no caso dos pintores aborígenes (Myers 1995;Goldstein 2012). Ao chegarem a Lima, os artistas amazônicos precisam tecer parcerias de trabalho para forjarem um nicho e sustentarem-se economicamente, pois a organização das exposições e as vendas de suas telas dependem da intermediação de pessoas aliadas e com influência nos circuitos culturais e comerciais da arte.…”
unclassified