Introdução: A participação em atividades extracurriculares como a pesquisa e extensão permitem o desenvolvimento de habilidades nos estudantes. Entretanto, a literatura relata a existência de barreiras para o desenvolvimento da prática científica na graduação. Estudos anteriores conseguiram avaliar a população alvo apenas em um único momento. Objetivos: Avaliar longitudinalmente os níveis de conhecimento, atitudes e barreiras científicas de estudantes de medicina. Casuística e Métodos: Estudo observacional longitudinal realizado com acadêmicos de medicina do Campus Prof. Antônio Garcia Filho da Universidade Federal de Sergipe. Aplicou-se um questionário a 23 discentes em dois momentos diferentes, 2015 e 2017, possuindo 4 seções: Demográfica, Conhecimento Científico, Atitudes Favoráveis a Prática Científica e Barreiras para vivência Científica. Resultados: No período analisado, ocorreu crescimento de mais de 300% (p < 0,0001) na participação de estudantes em Ligas Acadêmicas, bem como no que diz respeito às suas atitudes científicas (aumento de 21,80%; p < 0,01). Ao avaliar os escores de conhecimento e barreiras científicas não foi observado diferença entre os dois períodos avaliados. Na análise das barreiras isoladamente, no entanto, constatou-se aumento significativo (p < 0,05) da dedicação nas atividades curriculares e falta de familiaridade com estatística, também houve aumento da porcentagem de alunos que não viam aplicação da pesquisa em sua futura profissão. Conclusão: Apesar da melhora das atitudes, houve aumento das barreiras científicas. Sendo assim, percebe-se a necessidade de reduzir as dificuldades encontradas pelos estudantes e estimular ainda mais a prática científica.