Introdução: a importância diagnóstica do Zika vírus reside na capacidade de transmissão vertical e seu elevado potencial teratogênico, que tem resultado em anormalidades congênitas cerebrais. Dentre as anomalias congênitas em fetos advindas do contagio do vírus na gestação, a de maior destaque é a microcefalia, porem outras manifestações tem sido relacionada (anormalidades neurológicas, auditivas, visuais e achados de neuroimagem), sugerindo assim uma nova síndrome congênita: Síndrome Congênita do Zika. Objetivo: gerar um debate sobre o enfrentamento dos desafios no cuidado a crianças com Síndrome Congênita do Zika dentro da Atenção Primária a Saúde no Brasil, sob luz dos pressupostos dos seus atributos essências e derivados. Metodologia: trata-se de um ensaio teórico e analítico, apresentado na forma de exposição reflexiva, foi realizado revisão da literatura da área que contou com busca nas bases eletrônicas de dados da Biblioteca Virtual em Saúde Pública; Biblioteca Virtual em Saúde, englobando as fontes de informação da LILACS e SCIELO. Foram utilizados o descritor ‘atenção primária a saúde’ articulado à palavra-chave ‘atributos’ pelo operador booleano AND. Resultados: A APS ainda enfrenta muitos desafios para que possa desempenhar seu papel de organizadora do sistema e coordenadora do cuidado em saúde para o público com Síndrome Congênita do Zika, porém destaca-se a abordagem que reconhece a importância da família com adoção do modelo da Classificação Internacional de Funcionalidade e Incapacidade em Saúde na orientação dos casos. Conclusão: O presente estudo permitiu dar início ao debate da importância da Atenção Primária à Saúde na condução do público acometido pela Síndrome Congênita do Zika a partir do ano de 2015 no Brasil, merecendo destaque a necessidade de tomada de decisão relativo à melhoria quanto ao posicionamento de responsabilização por este usuário, tanto por parte das equipes de saúde da família quanto pelos gestores.