Atenção integral à saúde do adolescente pela Atenção Primária à Saúde no território brasileiro: uma revisão integrativa

Abstract

A adolescência, fase de transformações biopsicossociais, requer da Atenção Primária à Saúde (APS) um modelo de cuidado à saúde abrangente, integral e promotor da saúde e da autonomia, aspectos abordados nesta revisão. Objetivou-se sistematizar experiências de cuidado ao adolescente pela APS. Realizou-se uma revisão integrativa nas bases de dados da Biblioteca Virtual em Saúde e Biblioteca Eletrônica Científica Online, selecionando-se 21 artigos publicados entre 2008 a 2019. Os dados foram interpretados pela análise temática de conteúdo. Observaram-se estigmas no cuidado ao adolescente; lacunas na formação profissional; acolhimento centrado na enfermagem; fragilidades dos vínculos; escassez de recursos estruturais e humanos; ações educativas, porém normativas; fragmentação das práticas; e barreiras de acesso à rede de saúde e intersetorial. Conclui-se, portanto, que, para alcançar um cuidado ampliado, é preciso repensar as práticas e dar voz ao adolescente.

Desafios entre o processo formativo do enfermeiro e a assistência oferecida a saúde do adolescente / Challenges between the process of nurses and the assistance offered by adilescent health

“…Atualmente o número de profissionais não dispõe da devida qualificação para atuar na APS. O modelo de formação introdutório dificulta o avanço para uma conduta resolutiva, ocasionando o crescimento na procura por especialistas e por outros serviços que não são porta de entrada a saúde 6 . Sobre a capacitação dos entrevistados, temos o seguinte gráfico.…”

“…O enfermeiro na APS (Atenção Primária a Saúde) deve prestar assistência holística e integral ao adolescente visando promover, incentivar e apoiar práticas individuais e coletivas ao cuidado, garantindo um atendimento sistematizado e não apenas de acordo com a demanda da UBS 6 .…”

Vivências De Adolescentes Gestantes Diante Do Ciclo Gravídico Puerperal

“…No que concerne às dificuldades vivenciadas das participantes, observa-se que a gravidez na adolescência contribui diretamente para evasão escolar, pois o cuidado com a criança torna-se prioridade, e assim, não se tem tempo para frequentar a escola ou com quem deixar o(s) filho(s) para isso. Logo, é oportuno destacar que problemas no contexto social e familiar, bem como a sobrecarga no cuidado à criança acarretados após o parto, são fatores determinantes no comprometimento do retorno das adolescentes aos estudos, o qual acaba gerando consigo um consequente grau inadequado de escolaridade pelas mesmas (SILVA et al, 2020).…”

“…Outrossim, algumas mães acabam optando por estudar no período da noite, o que não é aceito por alguns companheiros que por ciúmes e/ou falta de confiança, demonstrando "poder" sobre as adolescentes as impedindo de frequentar a escola. Além disso, mesmo em ambientes nos quais os companheiros (os pais do bebê) apoiam as adolescentes, as mesmas, por muitas vezes, optam por se dedicar a atividades remuneradas e complementares da renda familiar (SILVA et al, 2020).…”

Mestrado Profissional em Saúde da Família (ProfSaúde): educação no trabalho, pesquisa e inovação para o desenvolvimento do Sistema Único de Saúde (SUS)

“…Comprehensive care for adolescents in the level of primary care was the object of an integrative review developed by Silva and Engstrom 9 . The authors highlighted difficulties and stigmas in care provision, fragility of bonds and fragmentation of practices, arguing that facing these problems requires a new approach that values the adolescents' participation.…”